África do Sul amanhece em festa pelo óscar para ‘O meu professor polvo’

“Parabéns, mais uma vez, à equipa de produção do ‘My Octopus Teacher’ por ter ganhado o ‘Melhor Documentário no Óscar‘. O documentário abriu uma janela para a beleza natural, a diversidade dos oceanos e os ecossistemas marinhos da África do Sul”, disse hoje o Presidente do país, Cyril Ramaphosa, através da rede social Twitter.

“Esperamos que conduza a uma maior apreciação e defesa da conservação marinha, numa altura em que a degradação marinha é um problema global crescente”, acrescentou o chefe de Estado.

Na mesma linha, o ministro da Cultura, Nathi Mthetwa, disse estar “orgulhoso” e esperançoso de que este feito histórico sirva para aumentar a produção cinematográfica sul-africana.

Nos principais meios de comunicação social do país, a notícia também recebeu honras de primeira página e as felicitações têm-se multiplicado nas redes sociais, tanto de personalidades do setor cultural nacional, como de cidadãos anónimos.

“My Octopus Teacher”, que é o primeiro documentário da natureza a ganhar um Óscar desde “The Cove” (2010), e que já ganhou um BAFTA (British Academy of Film and Television Arts), em 11 de abril, foi um sucesso na plataforma de conteúdos da Netflix, em 2020.

Realizado por Pippa Ehrlich e James Reed, o filme revela a história do cineasta e mergulhador Craig Foster e o impacto positivo na sua vida de seguir um polvo comum inteligente nas águas frias da costa do Cabo Ocidental da África do Sul.

Numa declaração divulgada após a sua vitória ter sido anunciada, a equipa de produção observou que o documentário “lançou as bases para um crescimento sem precedentes da consciência dos oceanos”.

“Em muitos aspetos esta é uma pequena história pessoal nas florestas marinhas da ponta de África, mas a um nível universal espero que tenha proporcionado o vislumbre de um tipo diferente de relação entre os seres humanos e o mundo natural”, declarou Ehrlich, após aceitar o prémio.

Nesta 93.ª gala dos Óscares, “My Octopus Teacher” competiu contra os documentários de longa-metragem “Time” (Estados Unidos), “Collective” (Roménia), “El Agente Topo” (Chile) e “Crip Camp: A Disability Revolution” (Estados Unidos).

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