A exposição vai decorrer no fim de semana, nas antigas instalações da Coimbra Editora, na Baixa da cidade, e promete-se uma “variedade de manifestações artísticas criadas por pessoas de diferentes idades, cidades, países e formações, que resultam numa mostra de 70 trabalhos das áreas da fotografia, desenho, pintura, escultura, instalação, vídeo e performances”, revelou hoje o Coletivo Pescada N.º 5, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
As obras estabelecem um diálogo entre aquele espaço, o livro “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury (romance distópico que apresenta um futuro onde todos os livros são proibidos), e a sua adaptação a filme, pelo realizador François Truffaut, explicou a organização, realçando que a exposição conta com o apoio da Critical Software, proprietária do espaço.
Esta não é a primeira vez que o coletivo faz uma intervenção num espaço abandonado da cidade, já que em 2021 ocupou o antigo espaço fabril da Sociedade de Porcelanas de Coimbra, no Vale da Arregaça.
Segundo uma nota de imprensa da Critical Software, a exposição relaciona-se com três diferentes temas — a memória, o fogo e a palavra -, e pretende “proporcionar uma experiência na qual todos leem o que puderem ler, todos queimam o que deve arder e, por fim, todos lembram o que tiver de ficar”.
“Na Coimbra Editora já não se fazem livros. Mas pode nascer muito do que faz um livro, como seja partilha, criatividade, vontade de construir comunidade ou de intervir no mundo. Estamos muito entusiasmados por acolhermos a Pescada Nº 5”, afirmou o presidente da Critical Software, Gonçalo Quadros, citado na nota de imprensa.
Questionada pela agência Lusa sobre o futuro do edifício, a Critical Software referiu que o projeto de arquitetura para a sede está em desenvolvimento.
A exposição do Coletivo Pescada N.º5 vai estar aberta no sábado das 15:00 até às 22:30 e no domingo das 15:00 até às 18:00.
Leia Também: Ministro quer reflexão sobre governação e estratégia da Casa da Música