AR aprova voto de pesar pela morte de Luís Ferreira Alves

“A Assembleia da República reunida em sessão plenária, presta homenagem ao percurso singular e exemplar de Luís Ferreira Alves enquanto pioneiro da fotografia de arquitetura e expressa o seu sentido pesar pelo seu falecimento, apresentando à família e amigos as suas mais sentidas condolências”, lê-se no voto de pesar aprovado.

Neste voto de pesar, apresentado pelo PS, Luís Ferreira Alves é apresentado como um “nome maior de fotografia de arquitetura, nome incontornável na história da arquitetura portuguesa das últimas quatro décadas”.

Luís Ferreira Alves, fotógrafo que se dedicou à fotografia de arquitetura e património, trabalhando recorrentemente com alguns dos mais importantes arquitetos portugueses, morreu a 09 de julho, aos 84 anos, vítima de doença prolongada,

Luís Ferreira Alves nasceu em Valadares, concelho de Vila Nova de Gaia, em 1938.

Além da atividade como fotógrafo, realizou de vídeos de arquitetura e culturais, tendo dezenas de livros editados e exposições realizadas, algumas delas em co¬autoria, dentro e fora do país.

A Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP) descreve que Luís Ferreira Alves foi seccionista ativo do Cineclube do Porto, durante a década de 1950, cofundador da Secção de Formato Reduzido e Cinema Experimental, e fez parte da equipa que realizou o documentário “Auto da Floripes”.

Em 1962, foi preso pela PIDE, a polícia política da ditadura, e julgado no Tribunal Plenário do Porto, tendo sido compulsivamente afastado do Banco Ferreira Alves & Pinto Leite, onde até então trabalhava com o pai.

O título de Membro Honorário da Ordem dos Arquitetos foi-¬lhe atribuído, a 08 de outubro de 2013, em Lisboa.

Em outubro de 2021 recebeu a Medalha de Mérito Cultural atribuída pelo Ministério da Cultura, numa cerimónia realizada na Casa da Arquitetura, em Matosinhos.

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