Argumentista de banda desenhada belga Raoul Cauvin morre aos 82 anos

 

“É com uma grande emoção que comunicamos a morte de Raoul Cauvin, um dos maiores homens do mundo da banda desenhada”, indicou hoje a editora.

Raoul Cauvin deve a notoriedade sobretudo à criação da série ‘Os Túnicas Azuis’, uma coleção de grande longevidade, amplamente publicada durante meio século.

A série criada e escrita por Cauvin, ‘Os Túnicas Azuis’ começou a ser publicada em 1968 em colaboração com o desenhador Louis Salvérius, que morreu em 1972, e mais tarde com Willy Lambil.

A série humorista, na tradição da banda desenhada franco-belga, conta as aventuras de dois soldados norte-americanos que combatem os sulistas (‘Sudistes’) durante a Guerra Civil dos Estados Unidos no século XIX.

Com mais de 15 milhões de livros vendidos em francês, além das edições em português, inglês, alemão, holandês, entre outras, a série fez interessar os leitores europeus sobre a Guerra de Secessão norte-americana (1861-1865).

O êxito das histórias escritas por Cauvin levaram-no a colaborar com vários desenhadores da editora Dupuis, entre os quais Berck (‘Sammy et Lou’), Nic (versões de ‘Spirou e Fantásio’ e Kox (‘Agente 212’).

Além de ‘Os Túnicas Azuis’, Cauvin criou e escreveu as aventuras ‘Pierre Tombal’, com o desenhador Hardy; ‘Femmes en blanc’, série desenhada por Bercovici e ‘Cédric’, com Laudec. 

O último álbum da série foi publicado no passado mês de maio, tendo pouco depois o escritor de banda desenhada ter anunciado através de um texto publicado num blog que “sofria de um cancro incurável”.

“Artífice de uma banda desenhada popular e de qualidade (…) Raoul Cauvin tornou-se num marco para os argumentistas (…) trabalhou arduamente a mecânica dos ‘gags’ e as regras da aventura de humor”, disse ainda a editora Dupuis. 

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