Artista de BD norte-americano Tim Sale morre aos 66 anos

A morte acontece dias depois de ter sido divulgado, pelo também artista e responsável pela área criativa da editora DC, Jim Lee, que Sale havia sido internado com “profundos problemas de saúde”.

“É com uma profunda tristeza que devo anunciar que Tim Sale morreu hoje. Morreu com o amor da sua vida ao seu lado, e ama-vos a todos muito”, pode ler-se na mensagem publicada, que apela para que todos os que o conheceram partilhem fotografias e histórias do autor.

Com Jeph Loeb na escrita, Tim Sale formou uma dupla que assinou vários trabalhos que se tornaram marcos do meio, como a série de cores para a Marvel, na qual se debruçaram sobre Demolidor, Homem-Aranha e Hulk, ou as duas sagas “The Long Halloween” e “Dark Victory” para a DC, entre outros, com a personagem de Batman.

O obituário hoje publicado pela Gizmodo lembra “The Long Halloween” “como um clássico intemporal da banda desenhada que se tornou, de imediato, num texto profundamente influente de Batman, não apenas para a banda desenhada, mas para gerações de adaptações, com frases retiradas diretamente em filmes de Christopher Nolan e, especialmente, no ‘The Batman’, de Matt Reeves, deste ano”.

Nas redes sociais, multiplicaram-se as mensagens de figuras do meio, como a do criador de Hellboy, Mike Mignola, que lembrou Sale como alguém “engraçado e super-inteligente, com um grande talento”.

O argumentista Tom King recordou Tim Sale como “um dos maiores narradores da história da banda desenhada, um artista que definiu uma era de Batman e um homem gentil, humilde e estiloso”.

“Tim Sale era um artista incrível, que deu uma perspetiva a personagens icónicas com uma verdadeira profundidade humana, e os seus ‘designs’ de página revolucionários mudaram a forma como uma geração inteira pensa sobre narrativa em banda desenhada”, pode ler-se numa mensagem de pesar da DC.

Por seu lado, a Marvel lamentou o desaparecimento de Sale, classificando-o como “um artista lendário que criou obras-primas em banda desenhada por toda a indústria”, recordando a sua série “Color”, que se “tornou num clássico espantoso”.

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