"Bob Cuspe" vence prémio Quirino de melhor filme do cinema de animação

Além de “Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente” estavam nomeados na mesma categoria “Valentina”, coprodução hispano-portuguesa da espanhola Chelo Loureiro, que venceu este ano o Goya de Melhor Filme de Animação, bem como “Ainbo la guerrera del Amazonas”, de Jose Zelada e Richard Claus, uma coprodução entre o Peru e os Países Baixos, e o filme brasileiro “Meu tio José”, de Ducca Rios.

“Bob Cuspe – Nós Não Gostamos de Gente” é um ‘road-movie’ pós-apocalíptico, protagonizado pela personagem da cultura ‘underground’ do Brasil dos anos 80, criado pelo cartunista Angeli, que dá nome do filme.

A longa-metragem venceu ainda o prémio de Melhor Som e Melhor Banda Sonora Original de filme de animação ibero-americano.

Na cerimónia de entrega, realizada no sábado, no Teatro Leal de San Cristóbal de La Laguna, Tenerife, “Bestia”, dirigida por Hugo Covarrubias, conquistou o prémio de Melhor Curta-metragem de animação.

A ‘curta’ baseia-se na história de uma agente da polícia secreta, durante a ditadura militar no Chile, e é inspirada em acontecimentos reais.

Os vencedores foram escolhidos por um júri formado por Sebastian Debertin (KiKA, Alemanha), Magdiela Hermida Duhamel (LatinX in Animation, Estados Unidos), Zofia Jaroszuk (Animoon, Polónia), Kenneth Ladekjær (Sun Creature Studio, Dinamarca) e Hernán La Greca (diretor criativo e de conteúdos, Estados Unidos).

Na quinta edição dos prémios competiram 19 obras, de 12 países, em nove categorias: longas-metragens, séries, curtas-metragens, ‘curtas’ escolares, produções por encomenda, animação de jogos vídeo, desenho de som e música original, desenvolvimento visual e design de animação.

Os Prémios Quirino foram criados em 2018, para reconhecer a produção de quem trabalha no cinema de animação do espaço ibero-americano, dos dois lados do Atlântico.

Mais de 20 países, incluindo Portugal, estiveram na criação destes prémios, batizados em homenagem ao realizador italo-argentino Quirino Cristiani.

Leia Também: João Gonzalez leva a Cannes filme que explora o potencial da animação

Deixe um comentário