Cinema Batalha com sessões para famílias ao sábado e programa para escolas

“Tanto as escolas como as famílias foram centrais na definição do programa do Batalha Centro de Cinema”, afirmou a programadora do segmento Famílias/Cinema ao Redor/Escolas, Joana Marques.

A um dia da reabertura daquele equipamento cultural no Porto, Joana Marques adiantou que o Batalha vai ter um “programa muito coeso” para as escolas em torno de quatro temas: amizade, ecologia, identidade e diáspora.

Os temas, pensados juntamente com três curadores externos – Melissa Rodrigues, Miguel Ramos e Carlos Natálio -, refletem “problemáticas importantes para a formação das crianças e jovens” e vão também ao encontro do programa lecionado nas escolas do município, bem como da Área Metropolitana do Porto.

Segundo Joana Marques, o programa dedicado às escolas arranca no dia 13 de dezembro e será válido durante dois anos letivos, contando já com cerca de 6.200 alunos inscritos.

“Este é um eixo que para nós é essencial”, acrescentou a programadora, realçando que estão previstas exibições de documentário, animação, filmes de ficção, filmes antigos e cinema experimental.

Já para as famílias, o Batalha vai ter sessões de 15 em 15 dias, aos sábados pelas 15:15, sendo que estas “acompanham os ciclos temáticos e retrospetivas” cinematográficas.

Além das sessões de cinema, as famílias vão poder participar em oficinas durante as pausas letivas, nomeadamente no Natal, Páscoa e verão.

“A primeira oficina acontece neste Natal e é uma oficina de realização de cinema por Amarante Abramovici”, adiantou Joana Marques.

O Cinema Batalha reabre portas na sexta-feira com um ciclo temático dedicado à ficção científica, depois de mais de três anos de obras de reabilitação, que ascenderam aos 5,7 milhões de euros.

Para além das duas salas de projeção — a Sala 1 com 299 lugares e a Sala 2 com 126 lugares — o agora denominado Batalha Centro de Cinema conta com um espaço de galeria dedicado às artes visuais, uma biblioteca especializada em cinema e uma mediateca dedicada ao património fílmico do Porto.

O projeto de reabilitação, a cargo do arquiteto Alexandre Alves Costa e do Atelier 15 Arquitetura, contempla ainda um bar, resultante da recuperação do antigo salão de chá e café, que está equipado para exibições e performance.

Os frescos de Júlio Pomar, gravados em 1940, escondidos pela polícia política do Estado Novo e, entretanto, recuperados na empreitada de reabilitação enriquecem aquele espaço cultural da cidade.

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