Clube do livro feminista de Sara Barros Leitão lança nova edição em 2023

O clube do livro feminista criado por Sara Barros Leitão arrancou com uma nova edição em 2023, com mais livros que se focam em questões, direitos e problemas das mulheres.

O clube, denominado Heróides, foi fundado em 2021, no âmbito da criação da estrutura artística Cassandra, pela atriz portuguesa.

No Heróides, Sara Barros Leitão, uma série de convidadas e o público debate lê, explora e debate obras que procuram oferecer uma perspetiva diferente à literatura masculina, branca e europeísta, apelando a uma maior defesa dos direitos e liberdades das mulheres.

A primeira obra do ano é o livro ‘Não é só sangue’, de Patrícia Lemos. O livro aborda a saúde menstrual e estará disponível em livrarias de dez cidades do país, antes da discussão sobre a obra, que será no dia 28 de janeiro.

Depois, os próximos dez livros agendados para 2023 são ‘Tudo pode mudar – Capitalismo vs Clima’, de Naomi Klein; ‘A Máquina do Ódio’, de Patrícia Campos Mello; ‘Poemas’, de Hannah Arendt; ‘O ano de 1993’, de José Saramago; ‘Lueji, o Nascimento de um Império’, de Pepetela; ‘Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica’, de Natália Correia; ‘Coisas Que Não Quero Saber’, de Deborah Levy; ‘Saving Safa, Rescuing a little girl from FGM’, de Waries Dirie; ‘Economia de Missão – Um guia ousado e inovador para mudar o capitalismo’, de Mariana Mazzucato; e ‘A História de Uma Serva’, de Margaret Atwood.

O 12.º livro, correspondente ao mês de dezembro, será escolhido mais tarde pela comunidade que faz parte do clube de leitura.

Apesar da maioria das conversas ser online, três delas serão feitas presencialmente, no Funchal (27 de maio, sobre o livro de José Saramago), em Sintra (a 29 de julho, com a antologia de Natália Correia) e em Setúbal (em dezembro, com o livro a definir).

Cada conversa incluirá uma convidada, desde Patrícia Lemos, Catarina Viegas, Violante Saramago, Marisa Matias, Fatu Banora, entre outras.

Para já, o clube continua a ser gratuito. No entanto, o Heróides lançou uma campanha de ‘crowdfunding’ para reunir fundos, de modo a poder usufruir de uma “interpretação em Língua Gestual Portuguesa”.

A Cassandra, de Sara Barros Leitão, é então uma estrutura que engloba os projetos da atris, desde o clube de leitura, a um podcast, e inclui ainda um espetáculo sobre o trabalho doméstico, denominado ‘Monólogo de uma mulher chamada Maria’. A atriz de teatro também ficou mais conhecida pelo seu papel na aclamada peça ‘Catarina e a beleza de matar fascistas’.

Barros Leitão foi ainda galardoada com Prémio Revelação Teatro Nacional D. Maria II/Ageas em 2021.

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