DGPC abre classificação de estudo para ‘A Morte de Camões’

De acordo com o anúncio hoje publicado em Diário da República e datado de dia 18 de maio, com assinatura da subdiretora-geral do Património Cultural, Rita Jerónimo, “foi determinada a abertura do procedimento de classificação da obra ‘A Morte de Camões’ ou ‘Os Últimos Momentos de Camões’ (estudo preparatório), [de] Domingos António de Sequeira, cuja proteção e valorização representam valor cultural de significado para a Nação”.

Os elementos relativos à classificação estarão disponíveis na página da DGPC e os interessados poderão “reclamar ou interpor recurso hierárquico do ato que decide a abertura de procedimento de classificação”.

Na semana passada, o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) exerceu o seu direito de preferência, em leilão, para a aquisição do estudo de Domingos Sequeira (1768-1837).

Fonte da leiloeira disse na altura à agência Lusa que este “importante estudo” era proveniente da coleção do marquês de Sousa Holstein, tratando-se de “um estudo para o quadro com o mesmo título, apresentado em Paris em 1824 e hoje considerado perdido”.

O estudo foi levado à praça com uma licitação base de 400 euros e “suscitou o interesse de vários colecionadores”, tendo sido arrematado por 3.000 euros.

“Dado o seu significado histórico e artístico, o MNAA exerceu o direito de preferência, adquirindo assim a obra”, segundo a leiloeira, que acrescentou que o estudo tinha sido arrematado por um cidadão com a “intenção precisamente [de] oferecê-lo ao MNAA”.

No final de 2019, a DGPC comprou, em Paris, outro estudo para o mesmo quadro, que foi dado a conhecer ao público no MNAA, em Lisboa, em maio do ano passado.

Segundo a página do MNAA, Domingos Sequeira pintou em Paris e apresentou em 1824 naquela cidade “A morte de Camões” ou “Os últimos momentos de Camões”, “obra que tem sido considerada como uma das precursoras do romantismo português e europeu”.

“Esta tela que se encontra atualmente com paradeiro desconhecido depois de ter sido oferecida pelo pintor ao Imperador D. Pedro I do Brasil e enviada para o Rio de Janeiro onde se lhe perdeu o rasto, é apenas conhecida através de alguns desenhos preparatórios que subsistem”, acrescenta o MNAA.

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