Entre o "surreal" e o "mais estranho", os Óscares na versão pandemia

Quando a 92.ª edição dos Óscares se realizou o ano passado, o coronavírus dava os primeiros passos a uma escala mundial e ainda não tinha o estatuto de pandemia. Este ano, porém, marca de forma indelével os prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.

Os produtores do espetáculo fizeram alterações ao formato tradicional do evento. Para além do habitual Dolby Theatre, também a Union Square, em Los Angeles, vai ser um dos palcos dos Óscares, e o evento vai decorrer noutros locais no mundo.

Os nomeados estão assim a viver uma experiência diferente do que costuma acontecer, que o digam aqueles que não são estreantes nestas andanças.

Daniel Kaluuya, que está nomeado para Melhor Ator Secundário por encarnar Fred Hampton em ‘Judas and the Black Messiah’, mostrou-se satisfeito por finalmente marcar presença após mais de um ano de pandemia. “É muito surreal. Este é o primeiro evento a que vou… num ano”, acrescentando que não está “nervoso” com a perspetiva de poder vencer um Óscar.

A um oceano de distância de Kaluuya, Christopher Hampton, que está nomeado por ‘The Father’ na categoria de Melhor Argumento Adaptado, vai assistir à cerimónia no BFI Southbank, um cinema localizado em Londres.

Em declarações à Sky News, Hampton não escondeu a estranheza por esta situação. “Estes são os quartos Óscares a que vou e são de longe os mais estranhos”, admitiu.

Já Amanda Seyfried, nomeada para Melhor Atriz Secundária pelo seu papel em ‘Mank’, disse que estar perto de pessoas “é como estar na ‘Twilight Zone’”.

Assim são os Óscares em tempo de pandemia.

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