Espaços da DGPC nos concelhos de maior risco gratuitos no fim de semana

A medida consta de um despacho assinado pelo diretor-geral do Património Cultural, Bernardo Alabaça, datado do passado dia 11 e que vigora no próximo sábado e domingo à semelhança do que ocorrera no fim de semana passado. Em anteriores períodos de estado de emergência a DGPC já havia decidido pela gratuitidade das entradas ao fim de semana, devido às medidas de confinamento.

De acordo com as regras impostas pelo estado de emergência, estes equipamentos têm de encerrar às 13:00.

Os museus, palácios e monumentos nacionais encerraram em 14 de março, no âmbito as medidas de contenção de propagação da pandemia da covid-19.

Em 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, foram autorizados a reabrir, no âmbito do “Plano de Desconfinamento” do Governo, anunciado em 30 de abril, mas com normas de higiene e segurança, como uso obrigatório de máscara e distanciamento social, adaptadas à sua dimensão.

Em termos de visitantes, no total do primeiro semestre deste ano, com mais de três meses e meio afetados pelo confinamento e pela pandemia (desde a segunda quinzena de março), os museus, monumentos e palácios nacionais registaram uma quebra de cerca de 70% de entradas, comparando com o mesmo período de 2019, conforme os números avançados à agência Lusa, em setembro, pela DGPC.

De acordo com estes números, os 25 museus, monumentos e palácios tutelados receberam um total de 701.047 visitantes no primeiro semestre de 2020 face aos 2.308.430 visitantes do período homólogo de 2019, numa descida que revela o impacto da pandemia de covid-19.

A evolução do número de visitantes começou por registar uma subida no início deste ano, em janeiro e fevereiro, respetivamente, com um aumento de 4,9% em janeiro (257.813 entradas, mais 12 mil do que no ano anterior), e de 6% em fevereiro (um total de 287.579 visitantes, acima dos 271.304 do mesmo mês no ano anterior).

No entanto, com a determinação do Estado de Emergência no país e o consequente encerramento dos 17 museus, dois palácios e seis monumentos, março já registou uma quebra de 74,7% (96.418 entradas, quando em 2019 tinham sido 381.577).

Com os espaços encerrados, em abril registaram-se zero entradas, enquanto no ano passado, no mesmo mês, as visitas ascenderam a 466.448.

Após a reabertura, a 18 de maio, o impacto negativo continuou a fazer-se sentir, com 12.017 visitantes até ao final desse mês, muito abaixo dos 509.447 registados em maio de 2019.

Em junho, com a reabertura em pleno, essa descida atenuou-se para 89,1%, tendo esse mês registado um total de 47.220 entradas, em comparação com os 433.860 visitantes de 2019.

Ainda segundo a DGPC, esta quebra de 89,1% em junho representa uma descida de quase 70% nos visitantes estrangeiros, que têm um peso significativo em muitos museus nacionais, sobretudo em Lisboa.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.636.687 mortos resultantes de mais de 73,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 5.815 pessoas dos 358.296 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

 

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