Em comunicado, esta companhia sediada no Fundão, distrito de Castelo Branco, explica que a peça marca o regresso da companhia ao contacto com o público, que esteve interrompido devido à pandemia, e que estará em cena entre 5 e 8 de maio, cumprindo todas as normas da Direção-Geral da Saúde.
Com o nome ‘A Avenida, de Salazar a Kubitschek’, a peça enquadra-se num trabalho que a companhia está a realizar dedicado à principal artéria fundanense e cuja primeira parte foi dedicada aos lojistas, concentrando-se agora na década de 60 do século XX.
“Se na primeira parte, em 2019, a ESTE homenageou os lojistas e os seus clientes, agora foca-se exclusivamente na vinda do ex-presidente do Brasil Juscelino Kubitschek, o ‘Presidente Bossa Nova’, à cidade, naquele que foi um desfile presidencial (ou de campanha eleitoral brasileira) que visou essencialmente provocar o Estado Novo e que trouxe, logo a seguir, consequências para alguns setores da sociedade, principalmente ao Jornal do Fundão”.
Este trabalho também propõe uma reflexão sobre o que significou, em 12 de janeiro de 1963, o Fundão “gritar a plenos pulmões, pela Avenida Salazar, através de uma multidão nunca ali vista, como se não houvesse amanhã, ‘Brasil! Brasil! Brasil! Brasil!'”.
“Num fundo de cores cinzentas irrompe insuspeitamente o verde, azul e amarelo”, é lembrado.
O espetáculo conta com dramaturgia e encenação e seleção musical de Nuno Pino Custódio em cocriação com Joana Poejo, Patrícia Raposo, Pedro Fino e Tiago Poiares.
A interpretação é de Joana Poejo e Tiago Poiares, a conceção plástica é de Patrícia Raposo e o desenho de luz de Pedro Fino.
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