Exposição de Tamara Alves é inaugurada dia 15 na Amadora

“Numa nova de série de pinturas (aguarelas e pinturas a óleo), o espectador é desafiado a compartilhar o destino das suas personagens inquietas, selvagens, fugitivas ou guerrilheiras”, lê-se na sinopse da exposição, que, de acordo com a Câmara Municipal da Amadora, num comunicado hoje divulgado, é inaugurada no dia 15 de abril às 18:30.

Nas novas peças, “figuras aparentemente frágeis, refletem algo de selvagem na sua natureza, como animais que aguardam por uma súbita descoberta intuitiva: somos os lobos, somos as flores acidentais que crescem à beira da estrada, somos o futuro”.

Tamara Alves começou o percurso artístico em “galeria, a usar signos de rua — ‘graffiti’ ou texturas da parede — nos trabalhos académicos”. A determinada altura, como lembrou em entrevista à Lusa em janeiro do ano passado, começou a pintar na rua, onde a mensagem “tem de ser um bocado mais direta, mais forte”.

“Então tinha necessidade de fazer aqueles gritos, os animais, as mulheres nuas, as personagens fortes, gritantes, para criar um impacto mais direto, rápido, quebrar rotina, sempre a falar de sensações fortes, amor”, disse sobre os murais como os que podem ser vistos no Cais do Sodré ou no Panorâmico de Monsanto, em Lisboa.

Ao contrário da rua, “onde é tudo muito rápido”, numa galeria “há mais tempo para contemplar a peça”, e estas “podem ter uma história diferente, mais profunda, mais calma”.

Filha de dois pintores, Tamara Alves começou a pintar “em pequena”. Mais tarde, estudou Artes Plásticas na Escola Superior de Artes e Design (ESAD) das Caldas da Rainha, tendo daí seguido para o Porto, onde fez um mestrado em Práticas Artísticas Contemporâneas, na Faculdade de Belas Artes, e “uma das primeiras teses sobre ativismo plástico em contexto urbano”.

“But First, a Rebellion” estará patente na Galeria Municipal Artur Bual/Casa Aprígio Gomes até 13 de junho.

Leia Também: Rostos de profissionais do São João nas estações do Metro do Porto

Deixe um comentário