Exposição ‘Fénix’ marca reabertura da Galeria Graça Brandão em Lisboa

A mostra remete para as memórias do diretor do espaço, numa viagem pelo tempo, desde 1969 até aos dias de hoje, com objetos expostos conjuntamente com as obras de arte para contar histórias que marcaram a atividade do galerista de 76 anos.

“Um dia disseram que eu era um galerista daqueles que está em vias de extinção. Se continuo ativo é porque ainda acredito na arte, nos artistas e no futuro”, justificou José Mário Brandão, num texto divulgado pela galeria sobre a reabertura.

Inaugurada em 2006 no Bairro Alto, em Lisboa, a galeria reabre sábado com uma coletiva com obras de cerca de trinta artistas, entre eles Albano Silva Pereira, Albuquerque Mendes, Ana Isabel Rodrigues, Carla Filipe, Carlos Schwartz, Claudia Baker, Efrain Almeida, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Joaquim Rodrigo e José Almeida Pereira.

Com esta exposição, José Mário Brandão pretende tentar “olhar para trás, para melhor aceitar o que aí vem”, apresentando uma sala onde colocou os trabalhos que funcionam como memórias pessoais, desde 1969 até hoje, e outra sala para os artistas “falarem livremente”.

Lygia Pape, Albano Afonso, Mauro Cerqueira, Miguel Soares, Nuno Ramalho, Pedro Tudela, Rui Chafes, Vítor Arruda e Z. L. Darocha são outros dos nomes também representados na exposição de reabertura.

“Tem sido sempre essa a minha função e, a cada ano, renova-se esta vontade de fazer mais”, destac o galerista e diretor do espaço, no texto.

José Mário Brandão nasceu em Oliveira de Azeméis a 04 de julho de 1946 e viveu no Porto desde 1964, onde trabalhou no Instituto Francês do Porto.

Esteve vários anos ligado ao Teatro Experimental do Porto (TEP), onde foi ator, tradutor e secretário da companhia de teatro.

A convite do escultor José Rodrigues dirigiu, entre 1980 e 1986 a Galeria de Arte da Cooperativa Árvore, do Porto, e em 1986 fez parte da direção da Galeria Nasoni e da Galeria Atlântica.

Surgiu depois a Galeria Canvas e, mais tarde, a Galeria Graça Brandão, fixando-se definitivamente em Lisboa em 2006.

A coletiva “Fénix” é inaugurada no sábado, às 18:00, e ficará patente até 31 de julho na Galeria Graça Brandão.

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