Em conferência de imprensa, foi hoje revelado que a Womex acontecerá em Lisboa, de 19 a 23 de outubro de 2022, com uma programação que envolverá espaços culturais da cidade, como o Teatro Municipal São Luiz, o Coliseu e o Capitólio, e que contará com cerca de 3.000 programadores, produtores, jornalistas de todo o mundo, de olhos postos na música em língua portuguesa.
Portugal acolherá, assim, a Womex durante dois anos consecutivos, uma vez que a edição deste ano da feira acontecerá de 27 a 31 de outubro, no Porto.
O produtor António Miguel Guimarães, responsável pelas edições da Womex no Porto e em Lisboa, explicou hoje que a realização da feira em Portugal foi conseguida através de duas candidaturas distintas, uma para cada cidade.
“É um caso único, conseguirmos ter dois anos consecutivos”, sublinhou o produtor, referindo que o processo foi desenvolvido num “período de expansão” no país, do ponto de vista económico e de turismo. “E de repente cai-nos a pandemia”.
Segundo o produtor, Portugal acolherá as duas edições da feira, num momento de “revolução à escala internacional”, “numa fase extraordinária e única”, em que “os apoios não chegam”, “as redes de música ficaram semi-destruídas” e não se sabe quantas salas de espetáculos voltarão a abrir e em que condições.
“Mas temos de conseguir dar a volta. O Womex é um instrumento crucial para fazer isto. (…) O trabalho nestas duas edições tem reflexo para os próximos seis anos”, disse António Miguel Guimarães.
Na conferência de imprensa, a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, Catarina Vaz Pinto, sublinhou a ideia de que Lisboa é “um viveiro de músicas do mundo”, e que a Womex será “uma oportunidade muitíssimo importante para consolidar este ecossistema”.
A feira internacional “é uma plataforma de divulgação, é um grande festival, é uma feira, um ciclo de conferências e mobiliza um conjunto enorme de agentes culturais do setor musical de todo o mundo”, disse.
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