Festas do Espírito Santo de Alenquer candidatas a Património Imaterial

A proposta de inscrição destas tradições no inventário nacional do Património Cultural Imaterial foi aprovada por unanimidade.

“Estamos em condições de submeter a candidatura”, afirmou o vice-presidente, Rui Costa, adiantando que, em 2022, em conjunto com uma cooperativa cultural, foi efetuado o estudo e documentários das tradições associadas às Festas do Espírito Santo, assim como pretende editar este ano um livro sobre o tema.

Em 2021, a Assembleia Municipal de Alenquer decidiu atribuir interesse municipal às Festas do Divino Espírito Santo, por ocasião dos 700 anos dos festejos.

As Festas do Divino Espírito Santo foram fundadas em Alenquer pela Rainha Santa Isabel e pelo seu marido, o rei D. Dinis, em 1321, tendo celebrado 700 anos em 2021.

Os festejos incluíam a coroação do Imperador, o cortejo majestático, a procissão litúrgica e a distribuição do bodo de carne e pão, distribuído aos pobres, tradições que sobreviveram até hoje, ainda que o bodo seja agora distribuído a toda a população e não só aos pobres.

Os festejos, que terão tido origem em Alenquer em 1279, espalhando-se depois para o país e para o mundo, onde existem comunidades de emigrantes, continuam a realizar-se e têm associado um património arquitetónico e artístico rico e diversificado.

Além de Alenquer e do Arquipélago dos Açores, onde o culto do Espírito Santo é muito forte, existem outros locais onde os festejos permanecem até aos dias de hoje, como em África, Índia, Estados Unidos da América e Canadá.

A devoção e culto do Espírito Santo corporizou-se na criação de confrarias locais sob a sua invocação, vocacionadas para a prática da solidariedade social, através da fundação e gestão de hospitais e albergarias, que, em conjunto, funcionavam como uma rede alargada de assistência, atribuindo-se aos Franciscanos essa responsabilidade.

Em Alenquer, e após longa interrupção, a recuperação material dos edifícios da antiga Casa do Espírito Santo (Igreja e Arcada), veio possibilitar a restauração das antigas Festas do Império, em 2007.

Nos últimos 10 anos, as festas foram também retomadas em localidades do concelho como Aldeia Galega, Aldeia Gavinha, Atalaia, Ota, Pereiro de Palhacana, Paúla e Carregado/Cadafais.

Além das tradições das festas, existem no concelho vários locais de culto do Espírito Santo, destacando-se a Casa do Espírito Santo em Alenquer (século XIII), a Capela do Espírito Santo da Merceana (século XV), a Capela do Espírito Santo de Aldeia Gavinha (século XVII), a Capela do Espírito Santo do Arneiro (século XVI), a Igreja do Espírito Santo de Atalaia (século XV ou XVI), a Igreja do Divino Espírito Santo de Ota (século XVI), a Igreja de Nossa Senhora da Conceição/Ermida do Espírito Santo de Pereiro de Palhacana (século XVIII), a Capela da Senhora do Ó ou do Espírito Santo de Paúla (século XII) e as capelas do Espírito Santo do Paiol, Casais Brancos e Vale Benfeito.

São igualmente locais de culto do Espírito Santo no concelho a Igreja do Espírito Santo de Atalaia (século XV ou XVI), a Igreja do Divino Espírito Santo da Ota (século XVI), a Igreja de Nossa Senhora da Conceição/Ermida do Espírito Santo de Pereiro de Palhacana (século XVI), a Capela da Senhora do Ó/ Capela do Divino Espírito Santo de Paúla (século XII), a Capela do Espírito Santo do Paiol, a Capela do Espírito Santo de Casais Brancos e a Capela do Espírito Santo de Vale Benfeito.

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