Na 19.ª edição o festival irá retomar a apresentação de obras que intersetam as artes performativas e audiovisuais, abrangendo o teatro, a dança, a instalação e a performance, no primeiro momento, entre 12 de maio e 06 de junho.
Da programação hoje anunciada para o chamado Momento I, serão apresentadas as obras “Ghost”, de Luís Marrafa, no pequeno auditório do Centro Cultural de Belém; “Mappa Mundi”, de Joana de Verona e Eduardo Breda, na Galeria Appleton; “Andrómeda”, de Luciana Fina, nas Carpintarias de São Lázaro; e “Perfect Match”, pela companhia de teatro Hotel Europa, no Centro de Artes de Lisboa/Primeiros Sintomas.
Este mesmo parceiro do Temps d’Images receberá também “YOLO”, de Sara Inês Gigante, enquanto as obras “Kit de Sobrevivência em Território Masculino”, de Marion Thomas, e “Sprites of Meadowlands”, de Mateja Rot, são apresentadas no Jardim do Príncipe Real.
O Momento II desta edição do festival multidisciplinar acontecerá entre 22 de outubro e 07 de novembro, com um programa “a anunciar oportunamente”, segundo a organização.
Devido aos constrangimentos para conter a pandemia, desde 2020, salas de espetáculos, museus e galerias de arte têm sido encerrados por longos períodos e os artistas estiveram impedidos de apresentar os seus trabalhos ao vivo, e vários festivais foram cancelados e obrigados a fazer reagendamentos.
“Apresentamos agora sete peças, estreias absolutas ou na cidade, e em outubro e novembro voltamos para outras tantas. Pudemos, podemos participar e viabilizar este encontro nos domínios do teatro, dança, performance e instalação”, aponta a diretora artística, Mariana Brandão.
A curadora afirma ainda no texto, sob o título “Tudo muda? Tudo muda”, que o certame “andou na corda bamba, entre resistência e resiliência, em direção à oportunidade de encontrar, presencialmente, aquilo que agora propõe”.
“Com os criadores e suas equipas, espaços parceiros e financiadores, atravessamos sucessivos planos e reformulações e parece que para além dos resultados deste empenho, tivemos sorte, vamos conseguir levar estas peças até ao público que as queira encontrar, e isto em presença, coisa valiosa nos dias que correm”, vinca.
Para Mariana Brandão, o que acontece “ao vivo” foi “empurrado para a esfera individual, doméstica, virtual. O que se pode partilhar exige intermediários que se impõem, o sucedâneo tornou-se ainda mais inevitável, alastrou ora de forma sub-reptícia, ora com uma violência inédita”.
O Temps d’Images, “festival debruçado sobre as possibilidades da criação artística vivida num determinado espaço e tempo partilhados, quer continuar a existir, mas não quer ser empurrado. Quer adaptar-se às soluções, problemas, propósitos e ações dos artistas que o inventam, continuando sempre a perguntar”.
Em 2020, a 18.ª edição do certame seria a primeira dividida em dois momentos do ano, mas foi forçada a cancelar devido ao contexto da pandemia, a reagendar a programação na totalidade para o segundo momento, que decorreu entre outubro e novembro desse ano.
Desde a sua criação, em 2003, e ao longo de 18 edições, passaram pelo Temps d’Images mais de 350 peças de autores nacionais e internacionais, de diversos formatos e géneros, incluindo a performance, teatro, instalação, cinema, dança, fotografia ou música.
O Temps d’Images é uma produção DuplaCena/Horta Seca financiado pela Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa.
Leia Também: Anna Carvalho entra em novo filme de ação com Edy Ganem e Seth Michaels