Filipe Pinto faz canção e filme inspirados na "autenticidade" dos Açores

 

 

Vencedor português do programa televisivo Ídolos e de um prémio da MTV, o músico declarou, em entrevista à agência Lusa, que a curta-metragem e o tema musical, gravados na ilha de São Miguel, representam o que sente quando vai ao arquipélago, destacando a “forte relação ambiental” existente, resultante do seu curso de Engenharia Ambiental.

“Nada melhor do que os Açores para representar a liberdade, pelas paisagens, por toda a envolvência dos elementos naturais, desde as ondas do mar às montanhas. Tudo que está detalhado no vídeo expressa a força da música, que eu quis realçar quando a conclui”, declarou o músico, que escolheu os Açores porque “necessitava “de ir ao lado mais selvagem e natural, não ter elementos humanos, nem rede, nem de estradas, nem pessoas”.

Confessando uma ligação afetiva aos Açores, um “lugar que inspira bastante” e onde já esteve por várias vezes, em várias ilhas, Filipe Pinto afirma que, para compor, se sente bem “ao lado da natureza, com o som do vento e do mar, da água a correr, porque todos este elementos” o ajudam “a ir para outro universo”.

O artista afirma que o vídeo destaca a “alma das pessoas, da sua força, da sua autenticidade e genuinidade”, algo que “cada vez mais existe pouco no mundo”, daí ter desenvolvido esta relação afetiva com o arquipélago.

Tendo consciência que cada ilha “tem a sua personalidade e história”, Filipe Pinto não conseguiu gravar imagens em várias delas, como era seu desejo inicial, por causa da pandemia da covid-19.

“Apesar de ter nascido no Porto e não ter nenhuma relação familiar com os Açores, sinto-me um pouco daí”, afirma o artista, que ainda não tem data para o lançamento do seu novo registo de originais, denominado “Telhados de vidro”, mas que quer concretizar esta meta em 2021, apesar da pandemia da covid-19.

O terceiro registo de originais, de acordo com o músico, “tem muito a ver com a condição humana”, no âmbito da qual “todos têm telhados de vidro no juízo de valor”, inspirando-se também na “fragilidade dos seres humanos”, a par de “retratar o amor e desgostos amorosos, bem como a parte mais efetiva da relação interpessoal“.

Depois de parte do seu novo disco ter sido roubado, Filipe Pinto resolveu transformar “toda a carga negativa desse acontecimento em algo positivo”, daí a ida para os Açores.

Na curta-metragem, é possível ver o artista a tocar ao vivo num formato intimista, em alguns dos mais belos lugares da ilha de São Miguel.

Defensor e divulgador do meio ambiente e da sustentabilidade, Filipe Pinto criou um projeto/livro, “O planeta limpo do Filipe Pinto”, que conta já com 18 edições e 60.000 unidades vendidas.

Este projeto, que tem corrido Portugal de Norte a Sul, visa educar as crianças para as questões ambientais.

A sua canção “Greenwoods” fez parte da campanha internacional “ENO treeplantingday“, cerimónia em que Filipe Pinto participou, que decorreu na Finlândia com o objetivo de plantar um milhão de árvores.

Além das suas mensagens ambientais, Filipe Pinto dá pequenos contributos como convidar as autarquias para simbolicamente se juntarem a ele e plantarem uma árvore no município, no dia do seu espetáculo.

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