Filme do português David Bonneville compete no festival de Gotemburgo

 

A longa-metragem cumpre a estreia nórdica neste festival, na secção competitiva Ingmar Bergman, numa edição em que a programação será apenas exibida ‘online’ em território sueco, perante a situação epidemiológica da pandemia da covid-19.

“O último banho” é a primeira longa-metragem de David Bonneville e fez estreia mundial, em outubro passado, no Festival de Cinema de Tóquio, no Japão.

O filme tem como ponto de partida a notícia verídica do nascimento, “quase milagroso, de um bebé de sexo masculino, numa zona pouco povoada e envelhecida no interior de Portugal”.

“Deste modo, aliei o meu ponto de partida factual — juventude, esta atração pelo que é singular e excecional, num lugar despovoado — a religião, ainda muito enraizada e premente nas populações das aldeias do interior”, afirma o realizador, na nota de intenções.

O elenco é encabeçado por Anabela Moreira e Martim Canavarro, entrando ainda a irmã gémea da atriz, Margarida Moreira, e os atores Ângelo Torres e Miguel Guilherme.

O Festival de Cinema de Gotemburgo começou na sexta-feira e estender-se-á até ao dia 08.

Embora sublinhe que este ano os 70 filmes da programação são para ver em casa, num sofá, a organização quis proporcionar a uma pessoa a experiência imersiva de passar 11 dias, a ver filmes em isolamento, sozinha, em Pater Noster, uma ilha remota da Suécia.

Depois de ter recebido 12.000 candidaturas, a organização escolheu uma enfermeira sueca que, no último ano, esteve “na linha da frente do combate à covid-19″.

 

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