FMM Sines regressa dois anos depois com "grande adesão"

Em entrevista à agência Lusa, Nuno Mascarenhas exemplificou com o “caso concreto” da venda bilhetes para a próxima quarta-feira, que está a ser “como nunca” em anos anteriores, o que “diz bem da procura que as pessoas têm tido por este festival”.

O FMM regressou na sexta-feira ao concelho de Sines, no distrito de Setúbal, depois de uma pausa de dois anos por causa da pandemia de covid-19, e prolonga-se até 30 de julho.

À semelhança de edições anteriores, a programação reparte-se entre a aldeia de Porto Covo, onde decorreu o festival entre sexta-feira e hoje, e a cidade de Sines, de 25 a 30 de julho.

À Lusa, Nuno Mascarenhas disse acreditar que a retoma começa “já este ano”, tendo sentido “o mesmo” com outros eventos realizados no concelho, como o gastronómico “Tasquinhas”, que decorre durante três semanas na Avenida da Praia Vasco da Gama, em Sines.

Como balanço provisório do primeiro fim de semana de FMM, o autarca diz não se recordar de uma sexta-feira “tão boa” em Porto Covo, referido que o público veio de “todas as regiões do país”.

“Porto Covo é uma aldeia com um carisma especial, com este Largo Marquês de Pombal onde as pessoas juntam não apenas a alegria de conviver entre si e trocarem experiências. E terem aqui uma música fantástica dos quatro cantos do mundo, que teremos na 22.ª edição do FMM”, afirma o autarca.

Na mudança para Sines, onde as montagens avançam de “vento em popa”, Mascarenhas refere que alguns grupos tradicionais de música portuguesa preparam-se para animar os “espaços mortos do festival”.

Este ano, no recinto do castelo de Sines, a principal zona de bares situa-se numa zona exterior e foi colocada uma estrutura elevada para que os convidados do FMM consigam visualizar melhor o palco.

“Criámos zonas diferentes dentro do castelo para permitir uma melhor visão daquilo que é o palco, uma zona emblemática, com um palco fantástico, de forma a criar melhores condições aos espetadores que nos visitam e querem sempre ver melhorias de forma a estarem mais próximo com os artistas, mas com visões diferentes do que é um espetáculo de música ao vivo”, acrescenta.

Em 2022, mais de metade dos artistas do FMM são mulheres, uma aposta “vincada” desta edição, que quer dar “uma grande representatividade” às artistas femininas.

“Trazer a Sines 25 artistas no feminino é algo que naturalmente quisemos contribuir de forma a termos aqui uma maior igualdade de género, sendo um dos grandes cartazes das diversas edições do festival”, finaliza Nuno Mascarenhas.

A programação deste ano do FMM inclui 47 concertos de artistas de quatro continentes.

Ava Rocha, Bia Ferreira, Letrux, Marina Sena (Brasil), Ana Tijoux (Chile), Queen Ifrica (Jamaica), Omara Portuondo (Cuba), Dominique Fils-Aimé (Quebeque), Dulce Pontes e Sara Correia (Portugal) são algumas das artistas que se encontram no cartaz.

Seun Kuti & Egypt 80, Etuk Ubong (Nigéria), James BKS (Camarões), Re:Imaginar Monte Cara (Cabo Verde), Club Makumba, Fado Bicha, Paulo Bragança, Pedro Mafama (Portugal), Albert Pla e Angélica Salvi (Espanha) estão também entre os artistas confirmados este ano.

Além dos concertos, a programação do festival inclui uma série de iniciativas paralelas, como exposições, ‘workshops’, visitas guiadas, animação de rua, uma feira do livro e do disco e debates.

O programa completo do 22.º FMM pode ser consultado no ‘site’ oficial do festival, em www.fmmsines.pt.

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