“Quando ingressaram nas reservas do Palácio Nacional de Mafra, ambos os frontais exibiam um considerável estado de degradação, processo esse que só foi sustido devido às boas condições de armazenamento e climatização oferecidas pelo monumento”, refere a DGPC em nota de imprensa, sobre estas peças com cerca de 400 anos.
Dadas as características muito especiais destes frontais, em guadamecil, datados dos séculos XVI/XVII, a DGPC admite que “o processo de restauro é complexo”, envolvendo, numa primeira fase, uma estreita articulação entre o Palácio Nacional de Mafra, através do seu conservador-restaurador, e o Laboratório José de Figueiredo, também do universo da direção-geral do Património.
Numa segunda fase, vão ser realizadas consultas a conservadores/restauradores especializados no material envolvido.
O guadamecil envolve couro tratado, lavrado, ornamentado, trabalhado artisticamente, e guarnecido a ouro ou prata.
A DGPC assegura que, à semelhança de outras intervenções, vão ser aplicadas as “melhores práticas em conservação e restauro: legibilidade, compatibilidade e reversibilidade”.
O restauro surge na sequência de uma cooperação entre as duas entidades, materializada em anteriores ações de conservação patrimonial.
Com decoração floral e zoomórfica, os dois frontais apresentam “elevado valor patrimonial” e pertencem à Igreja de Santo André, em Mafra.
Depois de restaurados, deverão passar a fazer parte do Centro Interpretativo de Mafra, que está a ser instalado pela Câmara Municipal, na Quinta da Raposa.
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