Governo lamenta "profundamente" morte do poeta Fernando Echevarría

Num comunicado hoje divulgado pelo Ministério da Cultura, Graça Fonseca sublinha que “a cultura portuguesa perde hoje um nome que assinou uma obra poética densa, imensa e que continuará a ser lida com renovado interesse nos múltiplos caminhos que abriu, mas, também, um homem que dedicou parte da sua vida ao ensino”.

O poeta Fernando Echevarría, nascido em Espanha e radicado em Portugal, morreu aos 92 anos, confirmou hoje a mulher, Flor Campino, numa publicação na rede social Facebook.

“Informo os meus amigos que faleceu o meu marido, o poeta Fernando Echevarría”, lê-se numa publicação partilhada por Flor Campino pelas 13:00 de hoje. De acordo com o jornal Público, o poeta morreu na segunda-feira, no Porto, onde vivia e estava internado há uns dias.

A ministra da Cultura recorda que Fernando Echevarría é autor “de uma vasta obra poética que se destacou pelo tom meditativo e pela profundidade filosófica dos seus versos”.

A primeira publicação de Fernando Echevarría, “Entre dois anjos”, data de 1956. Seguiram-se “Tréguas para o Amor”, em 1958, e “Sobre as horas”, em 1963.

Para Graça Fonseca, “nestas primeiras obras surgem já evidentes os traços e características mais significativas de obra poética de Fernando Echevarría, uma construção lírica rigorosa no desenho dos versos e exigente na sua dimensão intelectual, constituindo um dos percursos líricos mais coesos e coerentes da poesia portuguesa da segunda metade do século XX”.

A ministra lembra que o poeta recebeu em fevereiro de 2019 a Medalha de Mérito Cultural, atribuída pelo Governo português, “por um percurso de vida dedicado às causas da cultura”.

Esta distinção, refere, “veio homenagear uma obra e um percurso amplamente premiados, com reconhecimentos como o Prémio de Poesia do Pen Club (vencido por duas vezes), o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (também por duas vezes), o Prémio D. Dinis ou o já referido Prémio Casino da Póvoa, entre muitos outros”.

“Em reconhecimento do seu trabalho poético, mas também do seu percurso cívico, foi também distinguido com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique”, lembra.

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