José Pedro Croft expõe em mostra gratuita em Londres a partir de setembro

 

Obras de vários artistas internacionais vão estar expostas durante um mês e meio nos jardins do Regent’s Park, naquela que é uma das mais aclamadas iniciativas de arte pública gratuita, anunciou a plataforma Frieze em comunicado.

Esta mostra pública gratuita vai coincidir com o regresso da Frieze London e da Frieze Masters, de 13 a 17 de outubro, “marcando um momento importante para a comunidade criativa da cidade à medida que emerge da pandemia global”, destacam os organizadores.

A exposição tem curadoria, pelo nono ano consecutivo, de Clare Lilley, diretora do programa no Parque de Esculturas de Yorkshire, e apresentará também trabalhos das artistas brasileiras Solange Pessoa e Vanessa da Silva.

Rasheed Araeen, Daniel Arsham, Anthony Caro, Gisela Colón, Carlos Cruz-Diez, Stoyan Dechev, Ibrahim El-Salahi, Divya Mehra, Annie Morris, Isamu Noguchi, Jorge Otero-Pailos, Tatiana Wolska, Rose Wylie e Yunizar são os restantes artistas cujas obras vão estar patentes no Regent’s Park.

Segundos os organizadores, a galeria londrina Serpentine vai apresentar Counterspace, assinalando desta forma a primeira participação de sempre de uma instituição pública na Frieze Sculpture.

A seleção de obras deste ano aborda diversos temas, que vão da arquitetura às estruturas de poder geopolítico, passando pelas preocupações ambientais.

A exposição porá em primeiro plano a cor, com um forte registo cromático patente em obras como as de José Pedro Croft, Rose Wylie e Carlos Cruz-Diez, ao lado de obras de Rasheed Araeen, Gisela Colón e Annie Morris, “que estendem vocabulários escultóricos mínimos e abstratos”.

As peças de Jorge Otero-Pailos e de Isamu Noguchi pertencem à “navegação cívica”, ao passo que as esculturas de Ibrahim El-Salahi, Vanessa da Silva, Divya Mehra e Counterspace se centram nas questões relacionadas com a deslocação.

Daniel Arsham apresenta uma proposta de vestígios de uma arqueologia fictícia pós-apocalíptica e Stoyan Dechev propõe um passado mítico para falar de um futuro em perigo.

As esculturas de Yunizar e de Solange Pessoa, por sua vez, evidenciam uma sensação de privacidade pessoal, enquanto Tatiana Wolska e Ibrahim El-Salahi abordam preocupações relacionadas com a natureza e o ambiente.

A curadora da exposição destacou o facto de a edição deste ano ser “especialmente global”, trazendo artistas da América do Sul, do Sul e do Norte de África, da Indonésia, do Paquistão, dos Estados Unidos, do Canadá e de toda a Europa.

“Embora os artistas abranjam três gerações, vejo conversas escultóricas emocionantes através do tempo e da geografia, e embora muitas esculturas aqui se relacionem com preocupações sociais e ambientais, há muito mais cor e destreza na manipulação do material, resultando num sentido geral que é comemorativo”, destacou Clare Lilley.

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