Katia Guerreiro e Hélder Moutinho atuam no Festival de Fado em Maputo

Com um programa cultural integrado no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, o festival em Maputo abre no dia 15, às 18:00 locais, com a exibição do filme “Fado”, de Sofia Portugal e Aurélio Vasques, no Centro Cultural Português.

A atuação da Katia Guerreiro acontece no dia 17, às 19:00, no Cine-Teatro Scala.

No dia seguinte, pelas 12:00, é inaugurada na Escola Portuguesa de Moçambique, a exposição de fotografia “O Fado e o Mar”, organizada pelo Museu do Fado, e, às 14:30 locais, no auditório Carlos Paredes, nas instalações escolares, o guitarrista Pedro de Castro apresenta um ‘workshop’ sobre a guitarra portuguesa.

Neste mesmo dia, 18 de junho, às 15:30 locais, e também no auditório Carlos Paredes, é apresentado um outro ‘workshop’ sobre letras para fado, tendo como mote o CD-Livro “Brincar aos Fados”, publicado no passado dia 01 de junho pelo Museu do Fado.

A jornada encerra às 17:30 com um espetáculo de Hélder Moutinho também nesta escola.

Katia Guerreiro e Hélder Moutinho são acompanhados em palco pelos músicos Pedro de Castro, na guitarra portuguesa, André Ramos, na viola, e Francisco Gaspar, na viola baixo.

O livro-CD “Brincar aos Fados” é um projeto musical do Museu do Fado, com o objetivo de “dar a conhecer o fado às crianças entre os seis e os 12 anos”, de “uma forma leve e divertida, mas com uma componente formativa”, explicou o Museu.

Todos os temas são ilustrados pelo escritor e cartoonista Bruno Matos e o CD resulta de uma ideia do fadista Rodrigo Costa Félix, que o produz e gravou “A Mais linda das Canções”, no Fado Modesto, de Júlio Proença, contanto também com as participações dos fadistas Duarte, Tânia Oleiro, Pedro Moutinho e Miguel Ramos, entre outros.

O musicólogo Rui Vieira Nery, sobre este projeto, realça, na contracapa do livro, que é “profundamente original”, ao “propor um fado cuja lírica possa ser capaz de entrar no imaginário infantil”.

Katia Guerreiro nasceu há 46 anos na África Sul, país que faz fronteira com Moçambique, e deu-se a conhecer como fadista depois de um convite dos múscos Paulo Parreira e João Mário Veiga, com a edição do álbum “Fado Maior” (2001).

Hélder Moutinho, 53 anos, começou a cantar fado aos 24 anos e faz parte do que a crítica musical especializada já apelidou de “inclíta geração do fado”, sendo irmão de outros dois fadistas, Camané e Pedro Moutinho.

Além de cantar, Hélder Moutinho é poeta e gere uma programação ‘gastronómico-artística’ na casa onde viveu e morreu a fadista Maria Severa (1820-1846), no bairro lisboeta da Mouraria.

Vários fadistas têm gravado poemas de sua autoria, como Marco Oliveira, Maria Amélia Proença e Joana Amendoeira.

O Festival de Fado faz parte da programação celebrativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas (10 de junho) e segundo a organização é dedicado “não só à comunidade portuguesa residente em Moçambique mas, especialmente, aos moçambicanos apreciadores deste estilo musical, considerado património da humanidade”, pela organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

A iniciativa “Festival do Fado” tem decorrido em vários países, apresentando sempre um programa que, além da atuação de fadistas, inclui ‘workshops’, exposições, exibição de filmes e conferências, tendo como tema central o fado.

Nos próximos dias 25 e 26 acontece em Madrid, também com a participação de Katia Guerreiro. Em julho, realizar-se-á em Barcelona e no coprincipado de Andorra.

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