Maria Teresa Horta lembra "prazer e júbilo" na criação de ‘Estranhezas’

“Sempre pensei que um prémio de poesia não se agradece, recebe-se em silêncio, embora, quem sabe, em tumulto. No entanto, faço questão de dizer, com alegria, obrigado ao Correntes d’Escritas pelo premio que me acabam de atribuir ao meu livro ‘Estranhezas’, que escrevi com prazer intenso e júbilo”, disse a autora, numa mensagem enviada para cerimónia de abertura do certame.

O júri do concurso decidiu distinguir a obra desta autora, de 83 anos, nascida em Lisboa, considerando que “Estranhezas” “é uma exaltação da paixão, da beleza, do real concreto e efémero eternizado pela deslocação da esfera do tempo para espaços da escrita”.

“As sete partes deste livro revisitam e deslocam os temas centrais da obra e Maria Teresa Horta que, desde o seu primeiro livro [‘Espelho Inicial’, 1960], criou um glossário e uma sintaxe muito pessoais, um idioma singular, que subverte e atualiza a ideia e poesia como canto celebratório, brincando com as convenções da rima e do ritmo”, pode ler-se na declaração de voto do júri.

No Correntes d’Escritas, Maria Teresa Horta sucede ao angolano Pepetela, que, em 2020, com o livro ‘Sua Excelência de Corpo Presente’, venceu o galardão máximo do festival, que tem um prémio associado de 20 mil euros.

Este encontro de escritores de expressão ibérica, realizado na Póvoa de Varzim, distrito do Porto, que na edição deste ano, devido às contingências da pandemia de covid-19, se realiza ‘online’, e em formato reduzido com apenas dois dias de atividades, vai reunir 154 participantes, dos quais mais de 100 serão autores, tendo agendado várias iniciativas de homenagem ao escritor Luís Sepúlveda.

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