Marlene Monteiro Freitas leva ‘Idiota’ a Barcelona, Mindelo e Paris

 

O novo trabalho, estreado em maio deste ano, em Bruxelas, assenta no diálogo entre aquela figura mitológica e a obra do pintor cabo-verdiano Alex Silva (1974–2019).

“O mito de Pandora surgiu provavelmente para dar resposta às perguntas mais antigas da Humanidade: porque as pessoas ficam doentes e morrem? Porque acontecem coisas más? Apesar de Pandora ser desprezada por trazer o mal ao mundo, também trouxe a fertilidade, porque o nascimento e a morte não existiam antes de serem libertados da caixa”, descreve a sinopse da peça.

No espetáculo, a personagem que dá título à criação, rodeada de obras de arte, conhecimento, História e civilização, tem de entrar na caixa mitológica e enfrentar uma série de desafios para sair.

‘Idiota’ — que também integrou o festival Wiener FestWochen, em Viena, na Áustria — vai prosseguir em digressão na próxima semana até outubro deste ano.

Estão previstos espetáculos em Barcelona (Espanha), a 08 e 09 de julho, no âmbito do Festival Grec, no Mindelo (Cabo Verde), de 28 a 30 de julho, no Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD) e em Paris (França), de 26 a 19 de outubro, no âmbito do Festival de Outono, de acordo com a produção.

Marlene Monteiro Freitas, 42 anos, foi distinguida em 2021 com um Prémio Chanel Next, atribuídos pela marca de moda para incentivar artistas com ideias visionárias, e em 2018 conquistou o Leão de Prata da Bienal de Veneza dedicada à dança.

A coreógrafa e bailarina foi distinguida em 2017 pelo governo de Cabo Verde, e, mais recentemente, com o Prémio de Melhor Espetáculo Internacional dos Prémios da Crítica de Artes Cénicas de Barcelona.

Nascida em Cabo Verde, onde cofundou o grupo de dança Compass, é cofundadora da P.OR.K, estrutura de produção sediada em Lisboa. Marlene Monteiro Freitas tem centrado o seu trabalho nas questões da metamorfose, deformação, emoções e o questionamento das fronteiras do “esteticamente correto”.

O seu trabalho, que combina por vezes o drama e a comédia, e tem sido elogiado pela crítica internacional pela expressividade e criatividade, já foi apresentado, além de Portugal, nos Estados Unidos, Canadá, Israel, Espanha, Itália, Alemanha e Coreia do Sul.

Marlene Monteiro Freitas estudou dança na P.A.R.T.S., em Bruxelas, na Escola Superior de Dança e na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e trabalhou com Emmanuelle Huynn, Loïc Touzé, Tânia Carvalho, Boris Charmatz, Clara Andermatt, entre outros coreógrafos portugueses e estrangeiros.

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