Ministro sublinha "resiliência" do Atlantic Music Expo em Cabo Verde

“O AME tem sido prova de resiliência e da capacidade de Cabo Verde superar as dificuldades. Só as grandes marcas conseguem superar, e conseguiram superar, dois anos, quase três, de uma crise intensa que atravessou as ilhas”, afirmou o ministro, na sua intervenção na abertura da 8.ª edição do Atlantic Music Expo (AME), na cidade da Praia.

A maior feira de música do arquipélago arrancou na quinta-feira, pela primeira vez com extensão à ilha de São Vicente, e hoje abriu oficialmente na cidade da Praia, para mais três dias de música, conferências, ‘workshops’ e encontros entre artistas, produtores e jornalistas.

“A pandemia veio demonstrar que estamos ainda mais ligados e mais conectados e as consequências nos afetam e de que maneira”, prosseguiu o titular da pasta da Cultura, para quem a montagem do AME não seria possível sem as parcerias privadas.

“Foi assim quando nós fizemos reativar os CVMA (Cabo Verde Music Awards) e é assim que nós celebramos a música, devolvendo o AME à cidade e multiplicando a presença do AME nas outras ilhas”, afirmou Abraão Vicente, que destacou o “impacto tremendo” do evento na cidade do Mindelo, que quer voltar a receber o evento nos próximos anos.

A abertura oficial do AME aconteceu na Assembleia Nacional, palco também das primeiras atuações na capital do país, com o grupo cabo-verdiano Os Tubarões, mas também de Serge Ananou, do Benim.

Nesta edição de retoma após dois anos suspenso por causa da pandemia de covid-19, e adiado de abril para junho, são esperados nos palcos montados no centro histórico da Praia, o Plateau, artistas de países lusófonos como Brasil, Moçambique, Angola, Portugal e Guiné-Bissau.

Até quarta-feira haverá ainda nomes de outros países que se juntam aos cabo-verdianos, como Haiti, Nigéria, Burkina Faso, Congo, Bélgica, Burkina Faso, França, Lesoto, Ilhas Reunião, Ilhas Maurícias, Espanha.

O AME é uma feira que reúne centenas de participantes, desde artistas, músicos, produtores, empresários, jornalistas, diretores de festivais, agentes, para mostrarem os seus trabalhos e refletirem sobre o mercado da música.

O evento foi assumido há quatro anos pela Associação Cabo Verde Cultural (ACVC), um consórcio de produtoras cabo-verdianas, após a saída do Ministério da Cultura.

A feira de música tem coincidido com o Kriol Jazz Festival (KJF), organizado pela Câmara Municipal da Praia (CMP), que também é parceira do AME, mas este ano ainda não foi anunciado se o KJF vai ser retomado ou não.

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