De acordo com o MAAT, num comunicado hoje divulgado, entre setembro e dezembro deste ano, “a programação que ocupará os dois edifícios do museu desenvolve-se sob o signo da arquitetura, do urbanismo, do design e da memória da industrialização”.
“A parceria renovada com a Trienal de Arquitectura de Lisboa, com a exposição ‘Retroactivar’, garante a ligação aos problemas da disciplina nas suas implicações concretas na vida das cidades e das populações”, lê-se no comunicado.
A mostra “Retroactivar”, com curadoria de Loreta Castro Reguera e José Pablo Ambrosi, que estará patente entre 30 de setembro e 05 de dezembro, “explora ferramentas de sutura capazes de reconciliar as necessidades de comunidades que precisam urgentemente de soluções arquitetónicas para resgatar o seu sentido de pertença e dignidade espacial”.
Com esta exposição pretende-se “despertar o interesse pelo potencial de intervenção nestes territórios quebrados e marginalizados”, olhando para diferentes casos, “desenvolvidos em várias cidades do globo, através de sete iniciativas públicas e dez estúdios de arquitetura que trabalham estas questões”.
Também a partir de 30 de setembro, e até 12 de dezembro, estará patente no MAAT “Arte Cibernética. Obras da Coleção Itaú Cultural”, no âmbito de uma parceria com o instituto brasileiro Itaú Cultral, dando assim início “a um longo ciclo dedicado ao Brasil, neste ano em que se comemora o bicentenário da sua independência”.
O MAAT recorda que, “desde a sua criação, em 1987, a relação entre tecnologia, cultura e arte é um dos focos da atuação do Instituto Itaú Cultural”, tendo por isso sido “natural que o instituto decidisse formar uma coleção que reunisse obras que têm especificamente origem na confluência da arte e da tecnologia”.
“As itinerâncias da Coleção de Arte e Tecnologia do Itaú Cultural têm por objetivo divulgar esta forma de expressão artística para diversos públicos. Para além da difusão, o projeto tem como objetivo fomentar a produção de arte tecnológica através da exibição de obras unanimemente consideradas como primordiais”, refere o museu.
A mostra inclui obras de LAb[au], Raquel Kogan, John McCormack, Regina Silveira, Christa Sommerer e Laurent Mignonneau, Miguel Chevalier, Rejane Cantoni e Daniela Kutschat, Gilberto Prado, Edmond Couchot e Michel Bret.
A partir de 05 de outubro, data do 6.º aniversário do MAAT, e até 06 de março de 2023, estará patente “EXIST/RESIST”, exposição monográfica de Didier Fiúza Faustino, que “desenvolve temas e disciplinas onde arquitetura, cidade e design são tratados a partir da dimensão utópica da arte como campo de intervenção e consciência política”.
Esta é, segundo o MAAT, “a primeira exposição institucional que analisa quase trinta anos de prática de Didier Fiúza Faustino (n. 1968), o experimentalista franco-português cujo trabalho tem provocado e transgredido de forma sistemática as demarcações formais e conceptuais entre arquitetura, design e arte”.
“EXIST/RESIST”, com curadoria de Pelin Tan, “reúne pela primeira vez uma vasta seleção de obras, materiais preparatórios e protótipos — desenhos, fotos, modelos, instalações em larga escala, filmes e objetos, girando em torno de quatro vertentes centrais de pesquisa que se repetem na obra de Faustino: Habitação e Alojamento, Fronteiras de Corpos, Design como Resistência, Agonismo e Antagonismo no Espaço Público”.
Também a partir de 05 de outubro, e até 06 de fevereiro de 2023, será possível conhecer-se no MAAT os trabalhos dos finalistas da 14.ª edição do Prémio Novos Artistas Fundação EDP: Adriana Proganó, Andreia Santana, Bruno Zhu, Maria Trabulo, René Tavares e Rita Ferreira.
Na 14.ª edição do prémio foram analisadas mais de 700 candidaturas por um júri composto por Luís Silva, Luísa Santos e Sara Antónia Matos, que são também responsáveis pela curadoria da exposição. O vencedor será escolhido por um júri internacional, durante o período em que a exposição estiver patente.
A temporada 2022 do MAAT encerra com “Luzes Distantes”, exposição de Nuno Cera, que estará patente entre 09 de novembro e 23 de janeiro de 2023.
“As transições energética e digital que nos últimos anos marcaram o território de Sines, as suas infraestruturas e, consequentemente, a sua população, influenciaram e inspiraram a obra do fotógrafo e videoartista Nuno Cera. Para esta exposição — uma pesquisa retrospetiva a olhar para o futuro — ele partilha as suas observações e reflexões revisitando o corpo de trabalho que tem dedicado a esta região nos últimos 30 anos”, lê-se no comunicado.
A mostra, em parceria com o Centro de Artes de Sines, inclui uma série de fotografias e uma instalação vídeo sincronizada de dois canais.
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