Museu A Estação conta a história da comunidade ferroviária de Palmela

 

“Era um compromisso e um desejo antigo do município de Palmela o desenvolvimento de uma estrutura museológica que refletisse a identidade da comunidade ferroviária do Pinhal Novo, vila que se desenvolveu em torno do caminho de ferro”, mas também a criação de “um ponto de acesso a informação sobre toda a freguesia do Pinhal Novo, as suas tradições e a cultura caramela, associadas à génese agrícola deste território”, explicou a autarquia, em resposta à Lusa.

O museu, inaugurado em 1 de junho, representou, entre obras de adaptação e acessibilidade, produção de materiais gráficos e mobiliários, um investimento de cerca de 125 mil euros.

O espaço, conseguido através de um contrato de subconcessão com a IP Património, está situado no rés do chão da antiga estação ferroviária do Pinhal Novo, permitindo assim valorizar o edifício e a história que ele conta.

A exposição apresentada aos visitantes é construída na sua maioria por doações de antigos ferroviários ao Museu Municipal de Palmela, numa primeira fase “peças doadas pela família de Rafael Augusto Rodrigues e o depósito da coleção de Manuel Ribeiro”, que expõem memórias locais ou objetos historiográficos sobre as linhas do Sul, Sueste e Ramal do Montijo.

Atualmente, o espólio, que apela principalmente à população local, agrega-se em nove subtemas: A linha ferroviária Sul e Sueste no contexto dos caminhos de ferro em Portugal; A energia que faz mover os comboios: do vapor à eletricidade; Quotidianos ferroviários; Ser ferroviário: a multiplicidade das funções nos caminhos de ferro; As estações ferroviárias de Pinhal Novo: do século XIX ao século XXI; A torre de sinalização e manobra ferroviária, uma obra de Cottineli Telmo; O universo da Arrábida no património azulejar d’A Estação do Pinhal Novo; Pinhal Novo: de lugar a vila com centralidade ferroviária; e O transporte ferroviário: uma opção de futuro ambientalmente sustentável.

“Pretende-se que seja um projeto aberto, dinâmico e em constante diálogo com o público e com a comunidade ferroviária, na identificação de outras temáticas e sugestões e no depósito de outras peças ou coleções”, salienta o município, no distrito de Setúbal.

A autarquia refere ainda que a partir do próximo ano letivo haverá “material pedagógico especialmente vocacionado para explorar a exposição com a comunidade educativa” e que trabalhará para que o espaço passe a ser “progressivamente o mais inclusivo possível”.

O museu está aberto de terça-feira a domingo das 10:00 às 12:00 e das 14:00 às 18:00.

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