O Museu do Holocausto do Porto recebeu mais de 10 mil visitantes no primeiro mês. Com uma média de 300 visitantes por dia, o Museu tem sido visitado por pessoas de todo o país e de Espanha.
Em nota enviada ao Notícias ao Minuto, Jacob Levi, membro da Comunidade Judaica do Porto, explica que “o visitante-tipo do Museu do Holocausto é o adolescente e o cidadão comum. Há sempre longas filas de pessoas que aguardam diariamente para entrar, devido à limitação de número de visitantes por orientação da DGS. É interessante registar que já houve taxistas que decidiram visitar o Museu depois de aqui terem trazido vários interessados”.
Fazendo um balanço das visitas, Jacob Levi refere que, em geral, “as pessoas agradecem o conceito simples e conciso do Museu, visitável num espaço de tempo curto e intenso, com grande potencial transformador no sentido da tolerância, não apenas para os adultos, mas também para os seus filhos. Há crianças de 12 anos que deixam comentários surpreendentemente maduros no livro disponível na saída do espaço e que já está muito preenchido.”
Já Gabriela Cantergi, membro da Direção da Comunidade, diz que “o Museu do Holocausto foi concebido para fazer parte de um projeto inter-religioso, filantrópico e de combate ao antissemitismo que envolve cursos para professores, filmes sobre a história dos judeus em Portugal e visitas ao Museu Judaico e à Sinagoga. Contudo, a enorme dimensão que tomou em tão pouco tempo fez dele um equipamento autónomo já adotado pela sociedade.”
Se pretender visitar o Museu, saiba que este está aberto todos os dias da semana, entre as 14h30 e as 17h30, e é gratuito para todos os públicos até ao mês de junho. A partir desta data, os jovens continuarão a beneficiar de entrada livre.
“Visto que 70% do público é constituído por jovens, sobretudo adolescentes, que aqui se deslocam em grupo, fora do contexto escolar, decidimos estender a gratuidade para menores de 30 anos, sem prazo. Definiremos outros passos com os nossos parceiros nacionais (Projeto Nunca Esquecer e delegação portuguesa no IHRA) e internacionais (Museus do Holocausto de Washington, Moscovo e Hong Kong, B’nai B’rith International e Anti Defamation League), explica Gabriela Cantergi.
De sublinhar que os visitantes têm oportunidade de conversarem, no Museu, com filhos de sobreviventes. Josef Lassmann é um desses exemplos, sendo que a sua mãe esteve no bloco de experimentos de Auschwitz e o seu pai perdeu toda a família no Holocausto.
Veja, na galeria acima, as imagens do Museu do Holocausto.
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