Museus do Côa e Douro desafiam músicos a inspirar-se em miradouros

 

As instituições revelaram hoje que o projeto Lua’Douro envolve também o município de São João da Pesqueira, através do Museu do Vinho, visa a promoção do território, tem como temática principal a música e desenvolve-se em sete miradouros.

Bruno Navarro, presidente da Fundação Côa Parque, em Vila Nova de Foz Côa, distrito da Guarda, destacou a “programação cultural em rede”.

“Estamos muito comprometidos com esta ideia de podermos, a partir da dinâmica cultural, valorizar a nossa região Norte e potenciá-la no plano nacional”, afirmou.

Fernando Seara, diretor do Museu do Douro, no Peso da Régua, Vila Real, disse que o projeto é voltado para a animação do território, considerando tratar-se “de uma carência” no Douro, e acrescentou que vai também apoiar atividades e profissões que estão praticamente paradas nesta altura de pandemia.

Luís Carvalho, coordenador financeiro da Fundação Museu do Douro, adiantou que projeto arranca já no início de 2021 com a seleção de sete miradouros da região e o desafio que será lançado a músicos é para fazerem “sonoplastias entre música e paisagem”.

Este trabalho, acrescentou, será uma rampa de lançamento para a realização de concertos no verão, altura em que já se espera ter públicos nos espetáculos.

A programação será “eclética” e envolverá desde o fado às tunas tradicionais portuguesas.

O segundo projeto desenvolvido entre os museus do Côa e Douro é o CôaDouro e visa a realização de um trabalho de recolha fotográfica, através de convite a vários fotógrafos que têm trabalhado nestes territórios, que vai dar origem a uma exposição e que irá, depois, iterar fora da região.

No âmbito deste projeto, segundo Luís Carvalho, o conjunto Sons do Douro irá desenvolver um espetáculo de rua que irá evocar figuras míticas durienses e vai animar as praças das aldeias e das vilas desta região.

O Sons do Douro é um grupo musical de percussão contemporânea que utiliza pipas de vinho, cestos de vindima ou sacholas como instrumentos musicais, juntando-os à viola, guitarra, bandolim e gaita-de-foles.

O objetivo, segundo Bruno Navarro, é criar um “grande evento cultural de notoriedade nacional e internacional e que terá dois polos de implementação: Côa e o Douro”.

“Ambos os projetos estão muito voltados para a animação do território”, salientou Fernando Seara.

Os projetos resultam de duas candidaturas submetidas a fundos comunitários, no valor de cerca de meio milhão de euros, e serão desenvolvidos ao longo de 2021.

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