O cinema português de animação faz hoje cem anos e é lembrado no Porto

A efeméride assinala-se na semana em que, pela primeira vez, um filme português de animação está nomeado para os Óscares, com ‘Ice Merchants’, de João Gonzalez, candidato na categoria de Melhor Curta-Metragem de Animação.

A 25 de janeiro de 1923 estreava-se no Éden-Teatro, em Lisboa, um pequeno filme animado, do caricaturista Joaquim Guerreiro, numa sátira ao político António Maria Silva, da Primeira República.

A Cinemateca Portuguesa, que iniciou este mês um programa para assinalar o centenário do cinema de animação, explica na página oficial que “há referências a possíveis experiências de Almada Negreiros, em 1913, e a filmes publicitários de Luís Nunes para ‘His Master’s Voice’, em 1921-1922, contendo eventualmente animação”.

No entanto, “o início da aventura do desenho animado português há precisamente cem anos” é dado com aquela sátira de Joaquim Guerreiro.

Não havendo registo de cópias desse filme original, a versão que hoje sobrevive é uma reconstituição parcial, de três minutos, numa remontagem feita a partir de 2001 pelo produtor e realizador Paulo Cambraia, um dos estudiosos do cinema de animação em Portugal.

É essa reconstituição por Paulo Cambraia de ‘O pesadelo de António Maria’, que passa hoje no Batalha – Centro de Cinema, no Porto, numa sessão organizada pela Casa da Animação.

No início de janeiro, a curta-metragem foi exibida na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, numa colaboração com o Monstra – Festival de Animação de Lisboa que se estenderá pelos próximos meses.

Leia Também: Português nomeado aos Óscares e ‘Tudo em todo o lado…’ com 11 nomeações

Deixe um comentário