Pianista e compositor romeno Radu Lupu morre aos 76 anos

Na página oficial, o festival explica que Radu Lupu morreu em consequência de “múltiplas doenças prolongadas”.

Radu Lupu, que se tinha retirado dos palcos em 2019 por problemas de saúde, é lembrado como “um dos maiores pianistas do seu tempo”, pela “extraordinária capacidade de transformar a música em magia”, escreveu a organização do festival George Enescu no Twitter, recordando que, em 1967, lhe atribuiu o grande prémio.

Radu Lupu, que atuou várias vezes em Portugal, “há muito que garantiu o seu lugar entre os maiores intérpretes de sempre das obras de Beethoven, Brahms, Mozart, Schubert e Schumann”, afirmou a Fundação Calouste Gulbenkian na página oficial, recordando que o pianista foi presença regular nas temporadas de música.

Nascido em Gala?i, a 30 de novembro de 1945, Radu Lupu iniciou os estudos de piano aos 6 anos e aos 12 já tocada publicamente composições suas.

Estudou no conservatório de Bucareste e no conservatório Tchaikovski de Moscovo e nos anos 1960 venceu três importantes competições internacionais de piano: Em 1966 a competição Van Cliburn, no Texas, Estados Unidos, em 1967 a competição George Enescu, em Bucareste, e em 1969 a competição de Leeds, no Reino Unido.

No início dos anos 1970, Radu Lupu assinou com a discográfica Decca, com a qual manteria uma ligação por duas décadas e pela qual gravou os concertos para piano de Beethoven, os concertos de Grieg e de Schumman e as sonatas completas de Mozart para violino e piano.

“Músico perfecionista e discreto”, que quase nunca dava entrevistas, como escreveu a agência France-Presse, Radu Lupu deixou de gravar em estúdio em meados dos anos 1990.

Ainda assim em 1995 venceu um Grammy de melhor álbum instrumental do ano, por uma gravação de sonatas de Schubert, e um prémio Edison pela gravação de “Kinderszenen, Kreisleriana and Humoresque”, de Schumann.

Radu Lupu gravou com as mais prestigiadas orquestras internacionais e sob a direção de nomes como Daniel Barenboim, Herbert von Karajan, Carlo Maria Giulini e Lawrence Foster.

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