Presidente lamenta morte da cientista Claudina Rodrigues-Pousada

“Apresento as minhas condolências à família, amigos e colegas da Cientista Claudina Rodrigues-Pousada, pioneira da biologia molecular em Portugal”, lê-se numa mensagem publicada no portal da Presidência da República na Internet.

A morte da pioneira da biologia molecular em Portugal, na terça-feira, aos 80 anos, foi hoje revelada, em comunicado, pelo Instituto de Tecnologia, Química e Biologia (ITQB) da Universidade Nova de Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa recordou que Claudina Rodrigues-Pousada, nascida em 1941 em Tadim, no concelho de Braga, licenciou-se em Farmácia pela Universidade do Porto em 1968, e doutorou-se em Bioquímica na Université Paris VII em França em 1979″.

“De volta a Portugal, ingressou no Instituto Gulbenkian de Ciência. Foi também docente no Instituto Abel Salazar, e em 2000 ingressou no Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade Nova. Fundou o Laboratório de Genómica e Stress do Instituto de Tecnologia Química e Biológica António Xavier da Universidade Nova de Lisboa, e liderou a única equipa portuguesa a participar na Rede Europeia de Sequenciamento do Genoma da Levedura”, refere a mensagem.

O chefe de Estado refere ainda que, “ao longo da sua carreira” a investigadora “recebeu várias distinções nacionais e internacionais, incluindo o “Diplôme d’Honneur”, a distinção mais alta atribuída pela Federação das Sociedades Bioquímicas Europeias (FEBS)”.

“Foi eleita “Fellow” da “American Association for the Advancement of Science”. Deixa um forte legado de apoio a jovens cientistas a nível nacional e internacional”, destaca ainda a mensagem de Marcelo Rebelo de Sousa.

Na quinta-feira, em comunicado, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, lamentou “profundamente” a morte da professora e investigadora Claudina Rodrigues-Pousada.

“É com imenso pesar que se encara a perda de uma investigadora e docente que se destacou enquanto uma referência na investigação na área da Genómica, nomeadamente no domínio sobre mecanismos celulares de regulação dos genes”, realçou Manuel Heitor.

Segundo o ITQB da Universidade Nova de Lisboa, o funeral, “apenas para familiares”, decorrerá no Dia Internacional da Mulher, “uma efeméride de grande simbolismo para alguém que foi um exemplo para gerações de cientistas mulheres em Portugal e no estrangeiro”.

“Claudina foi um exemplo para gerações de mulheres cientistas, em Portugal e no estrangeiro, pela sua incansável devoção à ciência. Foi também uma forte defensora de jovens cientistas a nível nacional e internacional, tendo apoiado muitos jovens colegas nas suas carreiras. A comunidade científica sentirá profundamente o seu desaparecimento”, sublinha a nota.

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