Primeiro Livro de Samuel continua projeto de nova tradução da Bíblia

 

Depois da Primeira e Segunda Epístolas de São Paulo aos Coríntios, do Livro de Isaías, o Livro do Êxodo, da Carta aos Gálatas, dos quatro Evangelhos e dos Salmos, O Primeiro Livro de Samuel dá sequência, neste mês de janeiro, a um trabalho de tradução de todos os livros da Bíblia, que deverá estar concluído em 2024.

O projeto foi lançado em 2012, pela Conferência Episcopal Portuguesa, tendo em conta a necessidade de fazer uma revisão das traduções dos textos bíblicos usados na liturgia.

Com esta publicação ‘online’, a Comissão espera receber contributos do público, por forma a dotar cada um dos livros de maior compreensibilidade no texto final.

Os leitores podem fazer chegar à Comissão, através do email biblia.cep@gmail.com, “as achegas que considerem importantes para atingir aquele objetivo”. O leitor “poderá não saber grego nem hebraico para opinar sobre a tradução em si, mas tem a sensibilidade para dizer, por exemplo, que determinada expressão não se entende e que será melhor procurar uma melhor forma de a traduzir”.

O envolvimento do destinatário no processo de preparação desta edição é, assim, uma das inovações do projeto e os livros vão sendo disponibilizados em http://conferenciaepiscopal.pt/biblia.

A CEP abalançou-se neste projeto, com a meta de chegar a “uma nova tradução para uso oficial da Igreja Católica em Portugal e, futuramente, nos outros Países Lusófonos em que se segue a tradução portuguesa dos livros litúrgicos — Angola, Cabo Verde, Guiné, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor”, referia a introdução ao volume “Os Quatro Evangelhos e os Salmos”, editado em janeiro de 2019.

A tarefa envolve 34 biblistas da Associação Bíblica Portuguesa e de países de língua oficial portuguesa, nomeadamente Brasil, Angola e Moçambique.

O texto do Primeiro Livro de Samuel “narra as experiências boas e más do início da monarquia em Israel, tendo como fio condutor três figuras principais, Samuel, Saul e David, e o modo como se relacionam entre si e com as demais personagens”, indica a introdução ao texto, explicando que, seguindo a cronologia tradicional, os acontecimentos narrados cobrem aproximadamente 80 anos, de 1050 a 970 antes de Cristo.

“Em tal período, os grandes impérios do Egito e da Mesopotâmia encontravam-se debilitados por questões internas e isso permitiu aos povos dependentes fortalecer as suas instituições sociais e políticas e adquirir maior autonomia”, acrescenta.

 

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