Primeiros eventos-piloto da Cultura serão na próxima semana em Braga

De acordo com fonte oficial do ministério, no dia 29 de abril acontecerá um evento cultural para 400 pessoas, num cenário de plateia sentada, e no dia 30 será feito um evento para 400 pessoas em plateia em pé.

Estes dois primeiros espetáculos têm como objetivo a “definição de novas orientações técnicas e a realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2 para a realização de espetáculos e festivais”.

Os dois eventos culturais foram aprovados “na sequência do trabalho desenvolvido nos últimos meses entre os Ministérios da Cultura e da Saúde com as entidades representativas do setor cultural, em articulação com a Direção-Geral da Saúde”.

Não foram adiantados mais detalhes sobre a realização dos eventos, sobre a participação do público e que tipo de espetáculo será testado.

Estes eventos-piloto acontecem dias antes da nova fase de desconfinamento e reabertura de atividade, a 03 de maio, que permite a realização de grandes eventos exteriores e eventos interiores com diminuição de lotação.

No início de abril, o Presidente da República promulgou o diploma do Governo sobre espetáculos culturais e artísticos e que previa a realização de “eventos teste-piloto” e estabeleceu “as normas aplicadas aos espetáculos do ano de 2021”.

Segundo o diploma, o agendamento destes eventos de teste poderá eventualmente abrir caminho à possibilidade de “alteração da orientação em vigor”, que define limites de público, em função do distanciamento físico e da área disponível, em equipamentos culturais, como salas de teatro e cinema, e na realização de programação ao ar livre.

Em Espanha, um dos primeiros primeiros testes do género aconteceu em março em Barcelona, com a participação de cinco mil pessoas num concerto de rock, depois de terem passado por uma triagem à covid-19 no mesmo dia.

Os que tiveram resultado negativo, receberam um código no telemóvel que validava os bilhetes para o concerto. No recinto, o público pôde misturar-se livremente, embora o uso de máscara tivesse sido obrigatório.

De acordo com a organização, de todos os testes realizados, seis tiveram resultado positivo.

Há vários meses que os promotores de espetáculos e eventos culturais pediam celeridade do Governo sobre como proceder nos espetáculos ao vivo, tendo em conta o calendário cultural, que tem habitualmente mais eventos a partir da primavera e em particular nos meses de verão.

Vários festivais foram, entretanto adiados, tendo em conta as sucessivas vagas da pandemia, as dificuldades de circulação internacional de artistas e o processo global de vacinação.

Entre os festivais adiados estão, por exemplo, o ID No Limits e o CoolJazz, ambos em Cascais, o Rock in Rio Lisboa, o Primavera Sound (Porto) ou o Gouveia Art Rock.

Mantêm-se as data de outros festivais como Alive, em Oeiras, o SBSR, em Sesimbra, o Sudoeste, na Zambujeira do Mar, ou o festival de Paredes de Coura.

As primeiras reuniões de trabalho das associações representativas do setor dos espetáculos com o Governo foram em janeiro, destinadas a “definir uma estratégia que permita” a realização de festivais e concertos em 2021.

Nas reuniões estiveram presentes a Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos, a Associação de Promotores, Espetáculos, Festivais e Eventos, a Associação Portuguesa de Festivais de Música e da Associação Espetáculo — Agentes e Produtores Portugueses.

Do lado do Governo, além da ministra Graça Fonseca, participaram “representantes da Secretaria de Estado Turismo, da Secretaria de Estado da Saúde e da IGAC [Inspeção-Geral das Atividades Culturais]”.

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