Projeto Fumo Ninja edita hoje álbum de estreia

 

O projeto nasceu já em tempos de pandemia, impulsionado por Norberto Lobo, “que tinha algumas músicas que gostava de experimentar”, recordou Leonor Arnaut, em declarações à agência Lusa.

“No início experimentámos os dois, e depois pensámos que era fixe termos mais alguém. Lembrámo-nos do Ricardo [que tal como Norberto e Leonor faz parte dos Chão Maior] e depois da Raquel, que estudou comigo”, contou.

Inicialmente, a ideia destes músicos era “tocar e ir experimentando” e foi só quando “começou a soar a alguma coisa” que começaram a pensar em criar mesmo uma banda.

“Tomámos as ‘demos’ do Norberto como referência e, depois, cada um foi dando o que tinha para dar de acrescentos”, acrescentou Raquel Pimpão, para quem o universo Fumo Ninja é “difícil de caracterizar”.

Mesmo assim, refere-se a este como algo “meio surrealista, meio idílico, meio de sonhos”.

O som de Fumo Ninja “é influenciado por pop, r’n’b, jazz, isto a parte mais convencional”. “Mas também há uma parte muito experimental, que tentamos integrar nestas estruturas mais convencionais e expandir um bocadinho a partir daí”, referiu Raquel Pimpão.

Houve uma fase em que pensaram assumir outros nomes, visto que o projeto “remete para um universo que não é bem humano”. Mas o plano acabou por passar, tal como a ideia de serem uma “banda mistério”.

“Todos temos o nosso trabalho e outros grupos e é super libertador ter um grupo em que há outro universo que é novo para nós e é só Fumo Ninja”, referiu Leonor Arnaut.

O álbum “Olhos de Cetim” é “uma primeira apresentação do que é o universo” deste projeto, e os concertos “um desenvolvimento disso”.

“Comparativamente com o álbum, até damos mais espaço à improvisação em contexto de concerto, torna-se mesmo uma expansão dos temas que já existem, e há um grande espaço para a improvisação”, disse Raquel Pimpão.

Com o espaço à improvisação, em cada concerto, os Fumo Ninja vão “criando um universo daquele dia específico e daquelas canções que estão a ser criadas no momento”.

Em Fumo Ninja, Norberto Lobo toca baixo, Raquel Pimpão teclas, Ricardo Martins bateria e Leonor Arnaut canta.

A banda apresenta “Olhos de Cetim” ao vivo em 01 de abril em Viseu, no Carmo 81, em 08 de abril em Guimarães, no Westway Lab, em 15 de abril no Porto, no Maus Hábitos, e em 26 de maio em Lisboa, no Lux.

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