Promenade. Música em ambiente descontraído e informal no Coliseu do Porto

“O conceito de programação deste tipo de concerto ‘Promenade’ tem sempre a presença de diferentes intérpretes que podem ser orquestras, coros, companhias de dança, é muito, muito, diversificado”, disse à agência Lusa o maestro Cesário Costa, diretor artístico do ciclo desde o seu início, na temporada de 2005/2006.

“Nós anunciamos sempre uma obra central, neste concerto [de abertura do ciclo] escolhemos ‘Quadros de uma Exposição’, de Mussorgsky, e é um modelo de concerto pensado para toda a família, não estamos a falar de um público unicamente escolar, mas aquilo o que acontece é destinar-se a todas as idades”, acrescentou.

O concerto inclui “outros elementos que permitem criar uma relação mais próxima com a música, desde logo todos os concertos são comentados, há essa apresentação das obras, dos intérpretes, depois há uma componente de imagem” e os músicos apresentam-se na arena do Coliseu para criar “uma maior proximidade com o público”.

Cesário Costa lembrou que a Câmara do Porto distribui bilhetes pelas escolas da cidade “e outras instituições”, de modo a alcançar-se um público transversal.

Neste concerto inaugural, em termos visuais, será apresentado o quadro que inspirou o compositor russo Modest Mussorgsky (1839-1881) para escrever esta obra.

A ideia, realçou o maestro, é apresentar a música “num ambiente descontraído e informal”, e, ao mesmo tempo, o Coliseu do Porto dar “uma oportunidade para os jovens intérpretes se apresentarem”.

Cesário Costa referiu a apresentação, numa anterior edição, de “A Sagração da Primavera”, de Igor Stravinsky, “que é uma obra de referência do repertório clássico” pela Orquestra da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, do Porto.

No próximo domingo, a peça central será “Quadros de uma Exposição” (1874), de Mussorgsky, na versão orquestral composta por Maurice Ravel, interpretada pela Orquestra Clássica de Espinho sob a direção do maestro Pedro Neves, e os comentários estão a cargo de Susana Henriques, ex-diretora artística da Piccola Orquestra Metropolitana, e desde 2005, professora coordenadora na Escola Raiz; uma exceção aos restantes concertos do ciclo que serão comentados pelo musicólogo Jorge Castro Ribeiro.

O ciclo prossegue no dia 19 de março, em que a peça central é “O Carnaval dos Animais”, de Saint-Saëns, pelo Ensemble Instrumental, sob a direção de Cesário Costa, sendo solistas os pianistas Luís Duarte e Lígia Madeira.

Em abril, no dia 29, sob a direção de Miguel Jalôto, o Ludovice Ensemble interpreta “As Quatro Estações”, de Vivaldi, sendo solista a violinista Alfia Bakieva, e, no dia 21 de maio, a Orquestra Sinfónica ARTAVE, sob a direção de Cesário Costa interpreta “A minha mãe ganso”, de Maurice Ravel.

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