Romance de João Céu e Silva vence 3.º Prémio Literário Joaquim Mestre

A cerimónia de entrega do prémio a João Céu e Silva e de lançamento da obra vai decorrer na Biblioteca Municipal de Beja, em outubro, indicou a ASSESTA – Associação de Escritores do Alentejo, promotora do galardão em parceira com a Direção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA).

Segundo a associação, em comunicado enviado à agência Lusa, a obra vencedora foi escolhida, no passado sábado, na reunião do júri da terceira edição do prémio.

O júri, formado por André Andraus, António Saez Delgado e Sara Rodi, decidiu também atribuir uma menção honrosa ao original “Para lá do sol-posto”, da autoria de António José da Costa Neves.

De acordo com o parecer do júri, a obra vencedora “é um texto sólido e consistente do ponto de vista da escrita e do enredo, com uma trama bem construída, com boa interligação entre os momentos narrativos e com um final surpreendente”.

“Uma história que é natural ao Alentejo, explorando uma visão singular do território, uma visão desprendida do fatalismo romântico da região, com a água e o rio no foco da narrativa”, considerou o júri, segundo a ASSESTA.

O prémio foi criado pela ASSESTA e pela DRCA com o apoio da Câmara de Beja para homenagear o escritor alentejano Joaquim Mestre, incentivar a criação literária na modalidade de romance e estimular o gosto pela leitura e pela escrita.

Tem uma periodicidade bianual e destina-se a autores portugueses e estrangeiros a residir em Portugal com mais de 18 anos.

A DRCA patrocina o prémio monetário atribuído ao vencedor e financia a publicação da obra vencedora e a Câmara de Beja apoia a iniciativa assegurando a verba para o pagamento do júri.

O prémio monetário corresponde aos direitos de autor da primeira edição da obra e o júri poderá também atribuir, se entender, até duas menções honrosas a obras candidatas, mas os respetivos autores não terão direito a prémio monetário e só receberão diploma de menção honrosa.

O escritor Joaquim Figueira Mestre, que nasceu na aldeia de Trindade, no concelho de Beja, em 1955, e morreu em Lisboa, em 2009, foi um dos grandes impulsionadores do novo conceito de biblioteca que surgiu em Beja no início da década de 90 do século XX.

Joaquim Figueira Mestre, licenciado em História e pós-graduado em Ciências Documentais, escreveu várias obras, como os romances “O Perfumista” e “A Imperfeição do Amor” e o livro de contos “Breviário das Almas” e foi diretor da Biblioteca Municipal e chefe da Divisão de Bibliotecas e Museus da Câmara de Beja.

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