Salas de associação Circuito de Lisboa retomam atividades ao vivo

 

A programação começa hoje, com as atuações de Bardino e Mr. Mute no Lux Frágil, “respeitando as medidas e orientação da DGS [Direção-Geral da Saúde] em vigor” e, de acordo com aquela associação num comunicado hoje divulgado, “durante os próximos meses, as salas do Circuito Lisboa vão promover um programa que reúne um mínimo de 120 atividades, envolvendo 480 artistas e outros profissionais da música”.

Segundo o comunicado, esta reabertura acontece devido à renovação do apoio da Câmara Municipal de Lisboa (CML) a estas salas.

A CML anunciou, em novembro do ano passado, que iria apoiar as salas e clubes com programação musical, no valor de 600 mil euros, no âmbito do plano de apoio às empresas, emprego, famílias e associações, criado na sequência do agravamento do contágio da covid-19 e do impacto económico e social das novas restrições à circulação.

De acordo com fonte da Circuito, desta vez o apoio é de 392.857 euros.

“Ainda sem condições que viabilizem uma abertura financeiramente sustentável, a renovação deste apoio permitirá compensar o prejuízo mensal provocado pelos custos fixos, viabilizando também que estas salas de programação de música voltem a acolher nos seus palcos um programa artístico diversificado”, refere a Circuito.

Para aquela associação, formada no ano passado em plena pandemia, a renovação deste apoio “reforça a necessidade crucial de continuar a assegurar a proteção destes espaços, que continuam a enfrentar dificuldades críticas à sua sobrevivência, e cuja importância os torna um pilar essencial do ecossistema da música deste país e um contributo indispensável no desenho da atratividade da cidade”.

Várias salas abriram pontualmente entre maio e julho deste ano, com “o B.Leza, a Casa Independente, a Casa do Capitão, as DAMAS, o Hot Clube de Portugal, o Lounge, o Lux Frágil, o Musicbox, RCA Club, Titanic Sur Mer, Valsa e Village Underground Lisboa a promoverem 153 atividades.

Alguns destes espaços, caso do B.Leza, do Musicbox, do Titanic Sur Mer ou do RCA Club, estão encerrados desde março do ano passado.

Embora as salas de espetáculos tenham podido reabrir no ano passado, a partir de 01 de junho, e este ano, desde meados de abril, para estes e outros espaços tal não lhes permitiria sobreviverem.

“A nossa reabertura, no sentido de sermos viáveis, só pode contar a partir do momento em que isso seja possível [reabertura dos espaços de dança], porque este tipo de salas pequenas, de programação, não é viável só a fazer um espetáculo. Mesmo que não houvesse limitações para a componente de espetáculos, estas salas só são possíveis se trabalharem em horários muito prolongados e se trabalharem a componente de ‘clubbing’. Tudo o que não seja isto não torna viável estes projetos”, explicou à agência Lusa Gonçalo Riscado, diretor da CTL, empresa proprietária do Musicbox, em março deste ano.

Toda a informação sobre a programação das salas, bem como horários e bilheteira, pode ser consultada em www.lisboa.circuito.live.

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