Selecionados mais 11 projetos para o festival Imaginarius

Para garantir que o mesmo não acontecerá com o Imaginarius de 2021, o festival promovido pela Câmara Municipal da Feira abriu ‘calls’ (chamadas públicas) para áreas como artes digitais e cinema documental, no que o objetivo também é alargar o potencial comemorativo da edição que assinala os 20 anos do evento.

No caso da chamada pública dedicada ao digital, são dois os projetos vencedores: “You told that joke twice/Contaste essa piada duas vezes”, do português Rui Paixão, e “CirQular”, do coletivo húngaro Firebirds. Cada um desses projetos será apoiado com uma bolsa de 2.000 euros.

Já no que se refere à competição Filme Documentário, a escolha recaiu sobre a proposta nacional “A Morte do Artista”, pelo que Afonso Sereno, Gustavo Nina e Margarida Sá Coutinho irão partilhar para o efeito um apoio de 10.000 euros.

No que se refere à chamada sobre Arte Urbana, por sua vez, o projeto selecionado foi “Auxílio no Perigo”, de Tiago Gomes, que costuma assinar os seus murais como Godmess. O seu trabalho no Imaginarius irá incidir sobre os 100 anos dos Bombeiros Voluntários de Santa Maria da Feira e será financiado com 2.000 euros.

Na mesma categoria, a organização do Imaginarius também atribuiu duas menções honrosas, pelo que os projetos “Casca”, do português Tiago Proença, e “Vida por Vida”, do italiano Riccardo Buonafede, embora não participando no festival, recebem mesmo assim um prémio individual de 200 euros.

Quanto à chamada para criadores locais, a escolha recaiu sobre “Nova refutação do tempo”, com que Rina Marques e Sara Ferreira exploram fotografia e dança, e “O Cubo”, uma instalação interativa de Elisabete Sousa e Diogo Martins. Cada uma dessas criações vai receber uma bolsa de 4.000 euros.

Sem cachê próprio, mas com apoio ao nível de viagens e estadia, ficam os cinco projetos selecionados na competição Mais Imaginarius, habitualmente destinada a performances presenciais por artistas emergentes, mas este ano focada em trabalhos que possam ser apresentados com recurso a meios e plataformas digitais.

Os vencedores chegam de cinco países: de França, “Dandelion or the theory of possible worlds /Dente-de-leão ou a teoria de mundos possíveis”, do coletivo multidisciplinar Societat Valentinas; de Espanha, “A ciegas/ Às cegas”, da companhia de teatro e dança Elelei; do México, “Risas de papel/Risos de papel”, de Jorge Cisneros, do Circonciente; de Portugal, “Poemas com cheirinho”, com música e encenação de Filipe Alexandre Santos; e, do Brasil, “Histórias encaixotadas”, com que a companhia Varanda Teatro apresentará o género conhecido como “teatro lambe-lambe” ou “teatro de miniaturas”.

Esses cinco projetos da secção Mais Imaginarius serão avaliados por um júri especializado durante o próprio festival, sendo que o melhor será então distinguido com um prémio de 5.000 euros.

Além dos sete países já mencionados, as cinco chamadas artísticas lançadas pelo festival também receberam candidaturas de África do Sul, Alemanha, Argentina, Áustria, Croácia, Grécia, Irão, Irlanda, Israel, Moçambique, Nigéria, Polónia, Reino Unido e República Checa.

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