Tapeçarias de 1540 e faraós a partir de setembro na Gulbenkian

Um fragmento do conjunto de tapeçarias “Jogos de Crianças”, do século XVI, do acervo do Museu Poldi Pezzoli, de Milão, em Itália, será exposto, pela primeira vez, com o resto da armação, na posse da coleção Gulbenkian, a partir de 16 de setembro, segundo a programação da entidade.

A peça é a “Obra visitante #2” que irá suceder à primeira do ciclo — iniciado em abril deste ano e patente até 12 de setembro — com “Autorretrato com Boina e Duas Correntes”, de Rembrandt (1606-1669).

Até 16 de janeiro de 2023, a tapeçaria proveniente de Milão vai completar a armação “Jogos de Crianças”, com cartões de Giulio Romano, composta por quatro grandes tapeçarias e dois fragmentos, pertencentes à Coleção Gulbenkian, segundo a programação.

Este novo ciclo expositivo pretende trazer temporariamente uma série de obras pertencentes a grandes coleções mundiais ao Museu Calouste Gulbenkian.

A partir de 17 de novembro, e até 13 de março de 2023, estará patente a exposição “Revolutions Xenakis” na galeria de exposições temporárias do museu, coproduzida pela Philharmonie de Paris e a Gulbenkian no âmbito das comemorações do centenário do compositor Iánnis Xenákis na fundação, e destaca as arquiteturas do som concebidas pelo criador ao longo da sua carreira.

O ano de 2022 marca o centenário do nascimento do artista Iánnis Xenákis (1922-2001), que se destacou como compositor, teórico, matemático, arquiteto e engenheiro nas artes do século XX.

A Fundação Calouste Gulbenkian comemora esta data através da apresentação de seis obras encomendadas ao artista e de uma exposição focada nas arquiteturas do som concebidas por Xenákis ao longo da sua carreira.

Com curadoria de Mâkhi Xenákis e Thierry Maniguet, este projeto resulta de uma parceria entre o Centro de Arte Moderna, a Gulbenkian Música e o Programa Gulbenkian Cultura.

“Faraós Superstars” abre ao público a 25 de novembro na galeria principal do museu e é uma mostra concebida em torno da figura do faraó, da Antiguidade até aos dias de hoje, e visa “refletir sobre a popularidade destas personagens históricas e por vezes míticas que são os faraós”, segundo a programação.

Khufu, Nefertiti, Tutankhamon, Ramsés e Cleópatra continuam a ser nomes familiares milhares de anos após a morte destes faraós: “Mas, atualmente, quem se lembra de Teti, de Senuseret ou de Nectanebo?”, questiona um texto da Gulbenkian sobre este património histórico egípcio.

Serão apresentadas cerca de 250 peças provenientes de coleções europeias como o Museu Britânico, Museu do Louvre, do Museo Egizio, em Turim, do Ashmolean Museum, em Oxford, do Musée d’Orsay, em Paris, e do Mucem — Musée des Civilisations de l’Europe et de la Méditerranée, em Marselha, ou da Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa.

Através desta exposição, a fundação pretende ainda refletir sobre o núcleo de arte egípcia do Museu Gulbenkian e sobre a relação que o colecionador arménio estabeleceu com o egiptólogo Howard Carter, conselheiro para a maioria das suas aquisições.

O projeto acontece no contexto das comemorações do centenário da descoberta do túmulo de Tutankhamon por Howard Carter, e do bicentenário da decifração dos hieróglifos pelo egiptólogo Jean-François Champollion.

Antes de ser apresentada no Museu Calouste Gulbenkian em Lisboa, a exposição está patente no Mucem, em Marselha, desde 22 de junho e até 17 de outubro de 2022. Em Lisboa ficará até 06 de março de 2033.

A curadoria de “Faraós Superstars” é de Frédéric Mougenot, do Palais des Beaux-Arts de Lille, e de João Carvalho Dias, do Museu Calouste Gulbenkian.

Até 02 de maio, mantém-se ainda a exposição “O Poder da Palavra IV – Sabedoria Divina: O Caminho dos Sufis”, a quarta edição do projeto “O Poder da Palavra “, com uma intervenção expositiva na Galeria do Oriente Islâmico sobre Sufismo e a mística islâmica.

Esta exposição dá continuidade às edições anteriores deste projeto, que foram dedicadas a “Peregrinação” (2019), “Fábula” (2020) e “Mulheres” (2021).

De 21 a 23 de setembro, a Gulbenkian realizará também mais uma edição da Escola de Verão do Museu, este ano dedicada ao tema “Museus e Comunicação”, com a participação de especialistas nacionais e estrangeiros para debater várias problemáticas associadas a este tema.

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