Teatromosca estreia coproduções ‘Respirar (doze vezes)’ e ‘Os protegidos’

“Respirar (doze vezes)”, um texto de Marie Suel, dramaturga francesa que também é teclista de um grupo de rock, é um espetáculo para toda a família centrado numa criança, num homem velho e na partilha dos medos de ambos, segundo o texto de apresentação da companhia.

A peça tem estreia prevista para 16 de setembro, no Auditório Municipal António Silva (AMAS), em Agualva-Cacém, no âmbito do MUSCARIUM#9 — Festival de Artes Performativas em Sintra, e é coproduzida pelo teatromosca, Teatro Art’Imagem e La Tête Noire – La Compagnie, coletivo francês da comuna de Saran, na região centro do vale do Loire.

A dirigir a peça, com música original de Noiserv, estará Patrice Douchet, encenador, diretor artístico e fundador da companhia francesa, em 1985.

Em novembro, também no AMAS, estrear-se-á “Os Protegidos”, uma criação teatral a partir do texto da autora austríaca Elfriede Jelinek, Prémio Nobel da Literatura 2004, numa coprodução do teatromosca, Theatro Circo, de Braga, e do Colectivo Glovo, da Galiza.

Baseada num acontecimento real, a presença em território austríaco, no final de 2012, de perto de 100 refugiados de várias nacionalidades em busca de asilo, a peça “Os protegidos” inicia os ensaios em maio e terá momentos de formação abertos ao público.

A encenação é de Pedro Alves e tem banda sonora original interpretada ao vivo pela violoncelista Joana Guerra.

“Ciclone”, uma criação de Leonor Cabral e do LAMA Teatro, estreada no Festival Temps dImages, que estará em cena de 19 a 21 de janeiro, abre a programação de 2023 do teatromosca, no AMAS, espaço que, desde 2018, tem sido gerido pela companhia.

“Look Back in Anger”, a peça de John Osborne que marcou o novo teatro britânico do pós-Guerra e o movimento dos chamados “angry young men” (“jovens homens em fúria”, em tradução livre), na década de 1950, será apresentada pela Companhia da Esquina.

A “Ode Marítima”, espetáculo a partir de Fernando Pessoa e do seu heterónimo Álvaro de Campos, em que João Garcia Miguel se apresenta em palco com o quarteto Danças Ocultas, “Q de quê”, pela companhia teatro meia volta, e “Provavelmente Saramago”, pela Musgo Produção Cultural, também de Sintra, constam dos acolhimentos do teatromosca para o primeiro trimestre de 2023.

A reposição da produção própria, em abril, do espetáculo para o público infantojuvenil “Romance do 25 de Abril”, a partir do romance homónimo de João Pedro Mésseder e Alex Gozblau, “Time”, de Aldara Bizarro, com produção d’O Teatrão, e “Samotrácias”, pela Mákina de Cena, são outras das propostas a apresentar no AMAS.

A dinamizaçao de aulas de teatro para crianças e jovens, a tutoria dos grupos Duas Senas e Teatro Sénior e a continuação de Fabricar Teatro, projeto em curso na Casa da Cultura Lívio de Morais, em Agualva-Cacém, em torno do arquivo da companhia, constam igualmente das atividades para o próximo ano.

“Contra o medo” é o mote do novo ciclo de programação que o teatromosca inicia em 2023 e conta desenvolver nos próximos anos, segundo a companhia.

“Coragem não é a ausência de medo, coragem é o medo a caminhar”, conclui o ‘dossier’ de apresentação da temporada, citando uma frase da psicóloga Susan David, acrescentando que, “neste período histórico devoto à velocidade”, a companhia teatromosca irá procurar “desacelerar e, num ato de coragem, olhar para o mundo, prestar atenção às pessoas e refletir”.

A programação completa do teatromosca poderá ser consultada em www.teatromosca.com.

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