O cinema está a ser fortemente impactado pela pandemia do novo coronavírus e as consequentes medidas restritivas. Muitos filmes têm sido adiados – em alguns casos de forma sucessiva – e as salas de cinema têm recebido menos público, isto se não estiverem encerradas (em Portugal os cinemas voltaram a fechar neste novo período de confinamento).
Num artigo escrito para a Empire e publicado pela revista, Steven Spielberg destilou a sua paixão pela magia do cinema e demonstrou a sua crença de que a experiência numa sala de cinema nunca vai morrer.
“Na atual crise de saúde, na qual as salas de cinema estão fechadas ou a capacidade das salas está drasticamente limitada por causa de uma pandemia global, eu ainda tenho a esperança, à beira da certeza, que quando for seguro, as pessoas vão voltar aos cinemas”, destacou Spielberg.
“Sempre me dediquei à nossa comunidade de pessoas que vão ao cinema (…) Numa sala de cinema, assistimos a filmes na companhia das pessoas mais importantes da nossa vida, mas também na companhia de estranhos. Essa é a magia que experienciamos quando vamos ver um filme ou uma peça de teatro, ou um espetáculo de comédia. Não sabemos quem são estas pessoas que estão sentadas à nossa volta, mas quando essa experiência nos faz rir, chorar, aplaudir ou contemplar, e quando ligam as luzes e nos levantamentos dos nossos lugares, as pessoas com as quais saímos para o mundo real já não parecem ser completos estranhos”, frisou o realizador.
Steven Spielberg refere que esse “breve intervalo num cinema não apaga as muitas coisas que nos dividem”, mas salienta que o “nosso país e o nosso mundo parecem menos divididos, menos fraturados”.
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