Trilogia dos realizadores Joaquim Pinto e Nuno Leonel estreia-se em abril

Com 11 horas de duração, a trilogia teve uma primeira exibição mundial em 2021 no festival de cinema de Locarno, na Suíça, estreando-se agora em sala entre 14 e 20 de abril no cinema Ideal, em Lisboa, e circulará também por outros cinemas do país.

“Pathos – Ethos – Logos” é uma obra “sobre a terra, a vida e a morte. Indiferença e afeição, abandono, fé. A palavra e o silêncio, luz e sombras, a infindável sobrevivência, a incapacidade de amar”, refere a distribuidora.

Por ocasião do festival de Locarno, a nota de imprensa referia que esta trilogia decorre em três momentos temporais distintos – em 2017, 2028 e 2037 – com “três mulheres de diferentes gerações e origens, cujos caminhos se cruzam, nas suas tentativas de existir plenamente”.

Os filmes são interpretados por Rafaela Jacinto, Ângela Cerveira e Fabiana Silva.

Num texto que acompanha os filmes, o ator e encenador Luís Miguel Cintra – que também participa na trilogia – afirma que há muito tempo não se sentia “tão pequeno perante uma obra de arte”.

“De repente, o Joaquim e o Nuno, de quem evidentemente já espero tudo, muito por razões afetivas, com a alegria displicente que só conseguem os sobreviventes, atiram-me com um calhamaço, que tudo vem mudar: são 10 horas de cinema em que navego como na minha alma, mas que me deixam interdito: o que é isto?”, afirma o encenador.

Joaquim Pinto e Nuno Leonel trabalham juntos desde os anos 1990, destacando-se na filmografia conjunta o filme “E agora? Lembra-me”, de 2013.

Este filme é um retrato íntimo e intimista do realizador Joaquim Pinto, acompanhando um ano de ensaios clínicos por causa dos vírus HIV e Hepatite C, e conquistou, em 2013, vários prémios, nomeadamente nos festivais de Locarno (Suíça), Valdivia (Chile), Buenos Aires e também no DocLisboa.

Em 2014, os dois realizadores foram distinguidos no festival IndieLisboa, pelo filme “O Novo Testamento de Jesus Cristo segundo João”, registo de uma leitura de um texto bíblico, por Luís Miguel Cintra.

Em 2015, apresentaram no festival de Berlim o documentário “Rabo de Peixe”, rodado nos Açores.

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