Universal Music recorda "enorme legado que marcou profundamente o Fado"

 

“O fadista, Senhor de um dom inigualável, Carlos do Carmo deu vida às palavras como ninguém. Muitas vezes visionário, nunca abdicou de levar o Fado para outras dimensões, de lhe introduzir novos instrumentos, de evangelizar novos poetas, de manter o nível”, lê-se no mesmo comunicado.

A discográfica refere que Carlos do Carmo se preparava “para editar o seu novo álbum de estúdio, mesmo depois de ter dito adeus aos palcos, há cerca de um ano, quando havia completado 80 anos”.

Em finais de outubro passado, a Universal Music anunciou em comunicado que novo álbum de Carlos do Carmo, “E Ainda?”, seria editado a 27 de novembro.

Fonte da discográfica disse hoje à agência Lusa que “E Ainda?”, o último CD de Carlos do Carmo, será editado este ano.

A Universal adianta que o fadista morreu “vítima de um pós-operatório a um aneurisma da aorta abdominal”.

Para a Universal Music “Carlos do Carmo foi e sempre será: A Voz”.

Carlos do Carmo morreu hoje aos 81 anos no hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse o filho Alfredo do Carmo à Lusa.

Nascido em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939, Carlos do Carmo era filho da fadista Lucília do Carmo (1919-1998) e do livreiro Alfredo Almeida, proprietários da casa de fados O Faia, em Lisboa, onde começou a cantar, até iniciar a carreira artística em 1964.

Vencedor do Grammy Latino de Carreira, que recebeu em 2014, o seu percurso passou pelos principais palcos mundiais, do Olympia, em Paris, à Ópera de Frankfurt, do ‘Canecão‘, no Rio de Janeiro, ao Royal Albert Hall, em Londres.

Despediu-se dos palcos no passado dia 09 de novembro de 2019, com um concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

“No Teu Poema”, “Um Homem na Cidade”, “Flor de Verde Pinho”, “Os Putos”, “Canoas do Tejo”, “Lisboa, Menina e Moça”, “Bairro Alto”, “Por Morrer uma Andorinha”, “Fado do Campo Grande” ou “Fado da Saudade”, com o qual ganhou um Prémio Goya, em Espanha, foram alguns dos seus êxitos.

 

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