You Can’t Win, Charlie Brown. ‘Contraste Mudo’ tem "mensagem esperançosa"

A 57.ª edição do Festival da Canção começa já no próximo sábado, dia 25 de fevereiro. No total, são 20 os concorrentes a querer representar Portugal na Eurovisão, em Liverpool.

O Notícias ao Minuto falou com todos os autores em competição e You Can’t Win, Charlie Brown não foi exceção.

Segundo a RTP, o sexteto lisboeta surgiu em 2009, ainda como quarteto, e este ano lançou o quarto álbum, ‘Âmbar’, que “marca um novo capítulo no percurso” da banda, com todos os temas cantados em português.

O grupo é composto por Salvador Menezes (voz, baixo e guitarra acústica), Afonso Cabral (voz, guitarras, teclados e baixo), David Santos (voz, teclados e percussões), João Gil (voz, teclados, guitarras, baixo), Pedro Branco (voz, guitarras e baixo) e Tomás Sousa (voz, bateria e samplers).

Salvador Menezes tomou a iniciativa de responder às questões do Notícias ao Minuto e revela que, após 14 anos de carreira, o objetivo desta participação é continuar a promover o trabalho do grupo e fazer com que traga “mais oportunidades de trabalho” e “concertos”.

Porque é que quiseram participar no Festival da Canção?

Em primeiro lugar, porque o David recebeu um telefonema do Nuno Galopim a convidar-nos a participar. Depois foi uma questão de debate interno. Sendo que um terço da banda já participou em edições anteriores – Noiserv em 2017 e o Afonso Cabral (juntamente com a Francisca Cortesão), em 2018 – achámos que fazia todo o sentido aceitar. É sempre um bom meio de divulgação, fazendo chegar a nossa música a mais gente.

Já eram fãs do Festival da Canção? E da Eurovisão?  

Fã é uma palavra um bocado forte, mas sim. No meu caso, sigo atentamente o Festival da Canção desde a edição do David (Noiserv), em 2017. Foi um óptimo ano para começar, visto que o Salvador Sobral ganhou aquilo tudo. A Eurovisão já não sigo tão atentamente.

Qual é, para vós, a melhor música de sempre do Festival da Canção?

Gosto de várias. Aqui vão algumas (por ordem alfabética): ‘Alvoroço’, ‘Amar Pelos Dois’, ‘Anda Estragar-me Os Planos’, ‘Ginger Ale’, ‘Saudade, Saudade’, ‘Se o Tempo Não Falasse’, ‘Telemóvel’ e ‘Zero A Zero’.

Que mensagem transmite a música ‘Contraste Mudo’?

Afonso: A letra retrata aqueles momentos em que temos muito para dizer mas sabemos que não o podemos fazer, ou que não é a altura certa. Fala também da forma como isso, de certa forma, nos pode consumir e tornar-nos algo fechados em relação ao que o resto do mundo tem para nos dizer e oferecer. No entanto, isto é contado (ou cantado) do ponto de vista de quem quer sair desse lugar e dar um passo em frente. Não é uma mensagem propriamente feliz, mas acho que é uma mensagem esperançosa.

Conseguem levantar um pouco o véu de como será a atuação?

A nossa atuação será a de seis amigos em palco a fazer das coisas que mais gostamos, já há mais de 10 anos. O mais naturais possível.  

Como estão a correr os ensaios? Com que frequência ensaiam?

Por agora fizemos um e correu bem. Em breve começamos os ensaios diários. A nossa frequência é muito reduzida. Diria que, em média, é um ensaio a cada lua cheia.

De que forma olham para as restantes canções e intérpretes desta edição do Festival?

Tal como em anos anteriores, há uma grande variedade de estilos musicais e isso é muito rico e saudável. Olho com amizade para alguns intérpretes – alguns já conheço há muitos anos. Os outros tenho muita vontade de conhecer.

Quais são as expetativas face à participação no Festival da Canção? O que seria um bom resultado?

Expectativas sempre lá em baixo. Um bom resultado seria passar à final. 

Depois da participação no Festival da Canção, o que se segue? 

Continuar a fazer o que temos feito: promover a nossa música, especialmente o nosso disco de 2022, com concertos. Se surgirem mais oportunidades de trabalho, ficaremos muito contentes! 

Que portas é que acham que o Festival da Canção pode abrir para o vosso futuro?

Depende de como correr, mas chegar a mais pessoas é sempre bom.

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