“Terminado um ano particularmente difícil para o circuito nacional de música ao vivo, a ZDB inicia 2021 renovando a programação semanal de concertos” na pequena sala da associação lisboeta, agora com capacidade para apenas vinte pessoas, por causa das medidas de higiene e distanciamento de segurança, à conta da covid-19.
Em comunicado, a associação indica que o ciclo “A vida continua” – com concertos entre quarta e sexta-feira – arranca em 06 de janeiro com os músicos João Almeida e Gonçalo Almeida, que compõe o duo AL!, de música improvisada e minimalista.
Em 07 de janeiro apresenta-se ZIMA, projeto de artes performativas e música que junta Marta Ramos e Sara Correia e que nesta atuação na ZDB contará com a participação do pianista Tiago Sousa.
A primeira semana de concertos termina com Opus Pistorum, ou seja, o músico Helder Menor, que apresentará “Herbáceas”, “coleção de faixas ambientais” que desenvolveu ao longo de 2020.
Durante janeiro, pela ZDB vão passar ainda, entre outros, os CANary buh (dia 14), estreia de um trio de música experimental composto por Benjamin Castanheira, Pedro Tavares e Luan Bellussi, o músico Bubacar Djabaté (dia 20), guineense radicado em Lisboa e que se especializou no instrumento de percussão balafon, e o músico Luís Pestana, que no dia 27 apresentará o álbum “Rosa Pano”.
A associação cultural, sedeada no coração do Bairro Alto, recorda que a programação deste ciclo, iniciado em outubro, recai “sobre o lado mais emergente da comunidade musical local” e espera que essa comunidade “continue a encontrar uma casa” no pequeno espaço da ZDB.
Este ano, para contornar os constrangimentos de espaço, por causa da pandemia, a ZDB programou também fora de portas, nomeadamente no Teatro Municipal São Luiz, cruzando artes visuais, música e ‘performance’, e na Fundação Calouste Gulbenkian, neste caso no próprio programa fora de portas da fundação, intitulado “Jardim de Verão”.
Este foi também o ano em que a ZDB retomou o projeto Negócio, nascido em 2005, vocacionado para residência e criação de artes performativas e que esteve parado durante dois anos.
O projeto reabriu num novo espaço, num armazém em Marvila, na zona norte de Lisboa, “naquele que é um efeito direto da recente pressão imobiliária que se abateu sobre Lisboa”.
A reabertura aconteceu em novembro com a estreia do espetáculo “Paixão segundo João”, do ator Pedro Lacerda.