Segundo os dados anuais do INE sobre Cultura, divulgados hoje, as câmaras municipais aumentaram em 10,5% as despesas em Cultura e atividades criativas em 2019, e as áreas que mais contribuíram para esse aumento foram as do património cultural (com um crescimento de 16,8 milhões de euros), das atividades interdisciplinares (com mais 15,8 milhões de euros) e das artes do espetáculo (com mais 11,7 milhões de euros).
O INE revela ainda uma evolução das despesas numa década, constatando que 2019 foi o ano em que o poder autárquico mais despesa inscreveu com Cultura. Em 2010 tinha sido 434 milhões de euros. Nesse período, o ano de menor despesa municipal na área cultural foi 2014, com 354 milhões de euros.
Apesar do aumento registado em 2019, as despesas em atividades culturais e criativas representaram em média apenas 5,9% no total do orçamento dos municípios.
As autarquias do Alentejo (7,6%), da região autónoma dos Açores (6,7%) e da região Centro (6,6%) foram as que destinaram a maior proporção do respetivo orçamento à Cultura.
Em sentido inverso, estão as autarquias da região autónoma da Madeira (4,7%), da área metropolitana de Lisboa (5,2%), da região Norte (5,5%) e da região do Algarve (6%).
Repartindo os 519 milhões de euros por áreas, em 2019, as câmaras municipais afetaram 148,2 milhões de euros às atividades interdisciplinares – incluindo aqui apoio a entidades -, seguindo-se 133,9 milhões de euros para as artes do espetáculo e 111,8 milhões de euros para o património cultural.