Espaços da DGPC nos concelhos de maior risco grátis no fim de semana

De acordo com o documento, assinado na terça-feira pelo diretor-geral do Património Cultural, Bernardo Alabaça, “nos dias 26 e 27 de dezembro [sábado e domingo], os serviços dependentes da DGPC localizados nos concelhos com risco muito elevado e extremamente elevado devem encerrar às 13:00″.

“Nas referidas datas, as entradas são gratuitas” para os serviços nos concelhos acima referidos, pode ler-se no despacho.

Os museus, palácios e monumentos nacionais encerraram em 14 de março, no âmbito as medidas de contenção de propagação da pandemia da covid-19.

Em 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, foram autorizados a reabrir, no âmbito do “Plano de Desconfinamento” do Governo, anunciado em 30 de abril, mas com normas de higiene e segurança, como uso obrigatório de máscara e distanciamento social, adaptadas à sua dimensão.

Em termos de visitantes, no total do primeiro semestre deste ano, com mais de três meses e meio afetados pelo confinamento e pela pandemia (desde a segunda quinzena de março), os museus, monumentos e palácios nacionais registaram uma quebra de cerca de 70% de entradas, comparando com o mesmo período de 2019, conforme os números avançados à agência Lusa, em setembro, pela DGPC.

De acordo com estes números, os 25 museus, monumentos e palácios tutelados receberam um total de 701.047 visitantes no primeiro semestre de 2020 face aos 2.308.430 visitantes do período homólogo de 2019, numa descida que revela o impacto da pandemia de covid-19.

A evolução do número de visitantes começou por registar uma subida no início deste ano, em janeiro e fevereiro, respetivamente, com um aumento de 4,9% em janeiro (257.813 entradas, mais 12 mil do que no ano anterior), e de 6% em fevereiro (um total de 287.579 visitantes, acima dos 271.304 do mesmo mês no ano anterior).

No entanto, com a determinação do Estado de Emergência no país e o consequente encerramento dos 17 museus, dois palácios e seis monumentos, março já registou uma quebra de 74,7% (96.418 entradas, quando em 2019 tinham sido 381.577).

Com os espaços encerrados, em abril registaram-se zero entradas, enquanto no ano passado, no mesmo mês, as visitas ascenderam a 466.448.

Após a reabertura, a 18 de maio, o impacto negativo continuou a fazer-se sentir, com 12.017 visitantes até ao final desse mês, muito abaixo dos 509.447 registados em maio de 2019.

Em junho, com a reabertura em pleno, essa descida atenuou-se para 89,1%, tendo esse mês registado um total de 47.220 entradas, em comparação com os 433.860 visitantes de 2019.

Ainda segundo a DGPC, esta quebra de 89,1% em junho representa uma descida de quase 70% nos visitantes estrangeiros, que têm um peso significativo em muitos museus nacionais, sobretudo em Lisboa.

 

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